Sargento é preso após matar colega de farda durante briga
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William Amaral da Conceição, o sargento Amaral, foi preso após atirar e matar o também policial militar Eduardo Filipe Santiago Ferreira, o sargento Santiago, durante uma briga no meio da rua, no Rio de Janeiro. Câmeras de vigilância registraram o momento em que os dois descem do carro discutindo e trocam tiros. Uma hora antes de ser morto, policial compartilhou vídeo rindo com amigo que o matou.
Na imagem da câmera do condomínio, o Fiat Idea onde estavam Santiago e Amaral aparece parado no meio das faixas. Um motociclista de aplicativo buzina, reclama e manobra para prosseguir.
Santiago, que estaria ao volante, desce com dificuldade pelo lado do carona. Já na pista, tenta dialogar com o compadre.
O amigo também sai do Idea, já com uma pistola em punho, mas de um jeito atrapalhado. Amaral chega a rolar no asfalto, e nem com o tombo larga a arma.
"Vai tomar no c#!", xinga. Ele se levanta e, cambaleando, vai atrás de Santiago.
Por alguns segundos, os sargentos saem do quadro. Santiago reaparece à frente do carro, ainda desarmado, e pede calma com as mãos.
"Eu vou te matar!", diz Amaral. "É o Santiago, mano!", responde.
Amaral, ainda fora do quadro, dispara. Santiago então tira uma pistola da cintura e revida. Ele ainda tenta se abrigar na porta aberta do carona, mas Amaral o persegue.
Os ânimos se acirram. Santiago, fora do alcance da câmera, atira de novo.
Amaral se afasta alguns metros na frente do Idea e retorna, pelo lado do motorista, onde também está o amigo. Santiago contorna o Fiat, no sentido anti-horário, em direção à porta aberta. Amaral se aproxima e dispara, desta vez acertando o amigo no peito, que cai no chão. Um último tiro é ouvido. Um carro e uma moto passam enquanto Santiago está desfalecido.
Minutos antes do crime, os policiais apareceram em um vídeo brincando e rindo juntos. Amigos de longa data, William e Eduardo eram muito próximos. O sargento, inclusive, havia sido padrinho de casamento da vítima. William também ficou ferido, recebeu atendimento médico e, em depoimento, afirmou não se lembrar de nada.
d24am