“Lutinha” entre adolescentes termina com garoto morto
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Uma brincadeira entre adolescentes terminou em tragédia no domingo (2/11) em Goianira, na região metropolitana da capital goiana. Durante uma "lutinha", que simulava lutas físicas, na pracinha do Residencial Triunfo II, um garoto, de 14 anos, levou um golpe, caiu e bateu a cabeça.
Carlos Emanuel Milhomem Soares chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos e morreu a caminho do hospital. Um adolescente, de 16 anos, foi apreendido, e outros três jovens foram autuados por corrupção de menor e incitação à violência.
Segundo informações preliminares, o grupo de adolescentes aguardava a chegada de um outro jovem que traria uma bola para que eles jogassem futebol na quadra poliesportiva, quando decidiu iniciar a brincadeira.
De acordo com o boletim de ocorrência, a polícia foi acionada para ir ao ambulatório municipal, pois a equipe relatou que um adolescente havia chegado em estado grave com lesões no tórax, clavícula e cabeça.
Brincadeira perigosa
A "lutinha", prática que tem se tornado comum entre os jovens, consiste em simular lutas com socos. Apesar da regra que proíbe golpear a região da cabeça, não há nenhum controle efetivo sobre a brincadeira, e os golpes são geralmente aplicados com muita força, aumentando o risco de ferimentos graves.
Após o impacto, a vítima, que trabalhava como ferragista, sofreu convulsões, evoluindo rapidamente para um quadro grave de asfixia.
Pessoas que estavam no local prestaram socorro e o levaram ao Ambulatório Municipal, onde a vítima teve várias paradas cardíacas. Apesar dos esforços das equipes médicas, o adolescente morreu antes de ser transferido para o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (HUGOL), em Goiânia.
Um outro adolescente envolvido no incidente, de 16 anos, foi conduzido pelo Conselho Tutelar de Goianira até a Central de Flagrantes de Trindade.
De acordo com o delegado Miguel Mota, o jovem, de 16 anos, com quem Emanuel "lutava" prestou depoimento e foi lavrado um boletim de ocorrência circunstanciado de homicídio culposo (sem intenção de matar). O adolescente infrator deverá responder pelo caso na Justiça.
As circunstâncias exatas do acidente serão esclarecidas após a conclusão do laudo pericial, que indicará com precisão a sequência dos fatos.
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