R$ 100 bilhões é pouco
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R$ 100 bilhões é pouco
Quando se comparam os trilionários gastos com as guerras da Ucrânia e do Oriente Médio e os valores irrisórios destinados a evitar o apocalipse climático fica assustadoramente clara a imensa injustiça cometida com a humanidade, patrocinando a morte e descuidando da vida, revelando a falta de falta de bom senso dos governantes, planejadores e gestores públicos pelo mundo afora.
É uma comparação semelhante à que se faz entre a fortuna que se torra com a medicina curativa e os trocados que vão para as ações preventivas. Há pouco, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, informou que a Coalizão Verde está tentando chegar a um volume de R$ 100 bilhões de crédito especial para a Amazônia. Sendo a Amazônia vital para o mundo, são recursos para beneficiar o planeta e não só a região.
Não é valor desprezível em termos nacionais. A corrupção come anualmente essa mesma cifra de 100 bilhões, quatro vezes mais que todos os recursos do programa Bolsa Família, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). É, porém, um valor ínfimo diante dos gastos com guerra estimados em 2022 pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo: R$ 11,34 trilhões. Só resta augurar que a Coalizão Verde consiga ao menos dobrar os recursos previstos e que os gastos com guerras sofram um choque de humanidade, transformando-se em investimentos em paz, saúde e felicidade.
Resgatando o PT
Se o que tem sido anunciado pelo governo Lula para Rondônia for devidamente cumprido, o PT e partidos aliados como o MDB poderão resgatar a credibilidade no estado nas eleições futuras. Tem o anuncio do edital para a construção da ponte binacional em Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia e a concessão para a duplicação da BR 364, em sua totalidade, no território rondoniense, num trecho de quase 750 quilômetros entre Porto Velho, ao norte rondoniense e Vilhena, no chamado Cone Sul do estado. Grandes obras, grandes investimentos. Mas acreditar na conclusão só vendo.
Obras na capital
A empreiteira que tinha sido descartada pela prefeitura de Porto Velho por não cumprir com suas obrigações mínimas como sequer legalizar a própria área da obra, promete em dois anos entregar o Heuro Hospital, numa parceria com as esferas municipais e estaduais. É um empreendimento que já começa judicializado, uma situação que terá desdobramentos adiante. Porque por aqui tem que ser tudo enrolado? Veja a situação da Estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré toda reformada pela Usina Hidrelétrica de Santo Antônio que não pode ser inaugurada por entraves na justiça.
Os critérios
Começam a pipocar as primeiras pesquisas para as 23 cadeiras de vereadores em Porto Velho. Eu questiono os critérios das pesquisas para auscultar a situação real, um ano antes do pleito. Vejam exemplos: Como analisar a situação de um candidato que é bem avaliado nas Pedrinhas, mas é desconhecido no bairro Tancredo Neves? E outros nomes com boa aceitação no Caladinho e zero avaliação no Areal? Pior é um candidato do Ulysses, mero desconhecido no Caiari. A grande verdade é que pesquisa para vereador dificilmente pode ser medida. Com isto acumulam-se farsas.
Como fica?
Para consumo externo, o governador Marcos Rocha (União Brasil) e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (União Brasil ou PSDB, não se sabe direito), são amiguinhos e este jogo de cena interessa também a capital, já que temos quase um ano pela frente até as eleições municipais e temos obras andando na cidade nesta parceria. Pois bem: Os projetos futuros de ambos deverão afastar as duas lideranças já nas convenções municipais de julho, quando Rocha deverá se alinhar a Fernando Máximo e Hildon Chaves a Mariana Carvalho na peleja pelo Prédio do Relógio.
Projetos futuros
Nos bastidores se sabe que o projeto político do governador Marcos Rocha é se eleger ao Senado em 2026, tendo como seu candidato a governador em dobradinha, seu atual vice Sérgio Gonçalves. Já, do lado do alcaide de Porto Velho, seu objetivo é disputar o governo do estado e isto passa por eleger Mariana a prefeitura da capital em 2024 e a escolha de um vice na peleja pelo CPA, apontado por uma coalizão de lideranças rondonienses. Por enquanto existe um pacto de paz entre os mandarins, mas não tardam, caros aldeões, patadas e dentadas, mais adiante em virtude de interesses dispares a partir do ano que vem.
A futurologia
Ainda exercendo alguma coisa de futurologia, vejam como se projeta dura as escolhas das duas cadeiras ao Senado em 2026. De um lado, os senadores Marcos Rogério (PL) e Confúcio Moura (MDB) buscando a reeleição. De outro, o governador Marcos Rocha (União Brasil) buscando uma cadeira ao Senado. Rogério andou fraquejando um pouco depois de negociar seu mandato por seis meses ao seu suplente, o rei dos precatórios, mas é um nome de força, bem articulado e virou o jogo em cima do milionário Jaime Bagatoli pelo comando do PL. Rocha é o cara das viradas, até em cima de Rogério virou. Confúcio, o homem de Lula em Rondônia. Jogo duro.
Via Direta
*** O deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) já percorre os bairros em busca do apoio do eleitorado para conquistar a prefeitura de Porto Velho no pleito de 2024 *** O papo nos bastidores políticos é de que o ex-prefeito Mauro Nazif está deixando o PSB de Vinicius Miguel depois de ter sido apunhalado pelo escorpião Cleiton Roque e cia *** Se Nazif das arábias deixar o PSB, o partido perde pelo menos a metade da sua militância *** A oposição se articula em Cacoal para chutar do poleiro o tirano alcaide Fúria, favorito para a peleja a reeleição em outubro *** Mas é mais fácil galinha criar dentes e Sacy ganhar mais pernas, já que o ditadorzinho da região do café está armado até os dentes para o embate próximo.
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