Rondônia

A Importância das diferenças regionais e sociais nas campanhas eleitorais

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Foto: Reprodução

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Em preparo

Diariamente espécies ainda desconhecidas de plantas e animais se incorporam ao conhecimento geral sobre a Amazônia. São descobertas que maravilham pelo ineditismo e pela promessa de possibilidades ambientais, propriedades curativas ou ótimo rendimento industrial. No entanto, ao mesmo tempo trazem mais preocupações, pois não raro se encontram em áreas para as quais o desmatamento avança, ameaçando extinção.

Ainda há muito a ser descoberto, o que requer muita proteção para a biodiversidade. A proteção cabe aos poderes públicos, descontaminados do negacionismo e dos interesses antinacionais infiltrados no aparelho governamental. As descobertas precisam ser protegidas da extinção, o que requer mais apoio à pesquisa. 

No final de abril, o grupo de trabalho de pesquisa e inovação do G20 (as maiores economias do planeta) aprovou proposta para criar um edital internacional de pesquisa sobre a Amazônia e florestas tropicais. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação indicou que o grupo tende a aprovar a chamada pública em parceria com o Belmont Forum para financiar projetos de pesquisa e inovação em três eixos: redução do desmatamento, desenvolvimento sustentável e economia local; ciência para o clima; e justiça e governança ambiental. É preciso que o máximo de possibilidades sejam apresentadas até setembro, quando haverá em Manaus uma reunião decisiva do grupo nesse sentido.   

É coisa de louco!

Os prefeitos rondonienses vivem em Brasília, os deputados estaduais com o tal Parlamento Amazônico também frequentam a capital federal. Temos oito deputados federais no Congresso, contamos com três senadores e um deles preside a poderosa Comissão de Infraestrutura. Então porque não conseguem sequer a reforma do terminal fluvial danificada no porto cai n’Agua há quase um ano? É desleixo, é omissão, é falta de prestigio? As lideranças garantem que sai a ponte binacional em Guajará-Mirim, a duplicação da BR 364, mas não conseguem sequer reparos no terminal portuário. É possível então acreditar que estas melhorias vão sair do papel?

Situação difícil

Estive no final de semana no Porto Cai N’Agua e constatei as dificuldades dos passageiros embarcarem nos navios para Manaus. Os riscos que enfrentam ao se verem obrigados a descer ladeira abaixo, assim como os operários com cargas nas costas. As embarcações de turismo são prejudicadas com a situação. A região está infestada de drogados, prostitutas e meliantes na espreita para assaltar eventuais incautos. Um cartão postal às avessas que exige união política de todas as instâncias para reverter. O DNIT é um órgão federal e não funciona sem pressão. Que a classe política se uma em torno da reabilitação portuária.

A coisa mudou

Como as campanhas eleitorais estão mudando. Lembro que antigamente quem vencia os debates, lascava mais cacete no adversário e mostrasse uma imagem de mais competente levava a melhor. A coisa não é mais assim. Já na campanha ao governo de Rondônia em 2022, o senador Marcos Rogério (PL) sapateou em cima do governador Marcos Rocha (União Brasil), venceu todos os debates, massacrou o antagonista com denúncias verossímeis sobre a construção do Heuro Hospital e a necessidade de milhares de cirurgias eletivas, cujos pacientes estavam abandonados. Mas com imagem de meiguinho, da paz e devoto da bíblia, Rocha levou a melhor. Rogério passou a imagem de malvado, de maltratar o adversário.

Muito cuidado

Cum tudo que tem acontecido, muito cuidado nos debates e durante esta campanha. Com certeza os favoritos Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos) vão levar mais bordoadas nesta jornada, já que os adversários precisam quebrar está polarização. Ainda tem eleitor querendo ver lama em campanha e o clima de eleição em Porto Velho também passa por pesquisas fajutas, algo bastante corriqueiro na capital rondoniense. Me parece que apresentar propostas exequíveis, não mentir tanto, pode ser uma boa estratégia, já que o eleitor está atento. Quem for arrogante terá que fingir que é meiguinho!

Caros marqueteiros

Queria alertar aos marqueteiros de plantão nesta campanha a necessidade de se levar em conta as tendências das Zonas Leste e Sul bem como as suas diferenças. Na Zona Sul, fruto de invasões comandadas pela então vereadora Raquel Cândido, está concentrada a população mais "minhoca", famílias da terra, aquelas que saíram de bairros tradicionais da capital em busca de um cantinho. São mais rondonienses e amazônicos, onde o boi-bumbá e os arraiais e carnaval são mais fortes. Na Zona Leste predominam os migrantes, uma miscelânea de paranaenses, gaúchos, goianos, mineiros, baianos, capixabas, nordestinos etc. E tem muita gente que veio de Ji-Paraná, Rolim de Moura, Humaitá, Guajará Mirim, Vilhena, Ariquemes e Rio Branco. 

Via Direta 

* As fazendas rondonienses já padeciam com o roubo de gado, caminhonetes e maquinário, agora enfrentam o roubo de caminhões de soja e milho na balsas graneleiras * A gestação da Frente Democrática Popular com os partidos da esquerda mal começou e já projeta uma candidatura única pra enfrentar a direita na capital * Os nomes cogitados pra encabeçar a chapa são Celio Lopes (PDT),Vinicius Miguel (PSB) e Fátima Cleide (PT) * Na centro direita os alquimistas da campanha da ex-juíza Euma Tourinho (MDB) garimpa um vice que some na sua campanha. A procura está gerando conversações com vários partidos interessados em alianças.

Qual é a sua atração favorita no Arraial Flor do Maracujá?

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