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Futuro do chocolate ameaçado e redução de pré-candidatos em Porto Velho

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Foto: Reprodução

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Recado do clima

Quem ainda se lembra do tempo em que existia chocolate? Esta pergunta começará a ser feita dentro de uma década, a julgar por estimativa do Centro Internacional de Agricultura Tropical segundo a qual a produção de cacau vai se reduzir drasticamente por conta das mudanças de temperaturas nas regiões produtoras. 

Os preços vão disparar porque a escassez progressiva vai reduzir a oferta do produto, frente a uma demanda que vai crescer à medida que o poder aquisitivo das famílias aumentar com o desenvolvimento do país, a contenção da sangria criminosa de recursos naturais e a melhoria na redistribuição de renda.

Até 2034, portanto, é possível que muitos sintam saudades do velho e bom chocolate de todas as idades. Pior para os chocólatras, doentes que o psiquiatra Arthur Kaufman identificou pela compulsão de comer chocolate sem controle. Este ano a queda na produção de cacau já está sendo sentida nas áreas produtoras, com a redução de até meio milhão de toneladas do produto no mercado.

Com o risco de desabastecimento de arroz após as enchentes no Sul, existe a saída de importar o produto. No caso do chocolate, porém, a queda na produção já é maior nas regiões tradicionais de exportação de cacau. Os produtores de derivados de cacau estão desesperados à espera de variedades capazes de se adaptar às variações climáticas. A Amazônia, pelo menos, terá a opção de se socorrer com o cupulate - o chocolate à base de cupuaçu.

Passo importante

Na falta - até existe uma certa omissão - do Congresso Nacional em adotar medidas efetivas para combater o crime organizado no País, o Ministério Púbico Federal deu um passo importante, no recente encontro realizado em Manaus, reunindo procuradores de justiça dos estados de Rondônia, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. O encontro serviu para debater estratégias para o enfrentamento das facções criminosas que estão tomando conta da Amazônia, num processo avançado de "colombização" nas regiões fronteiriças, ampliadas com ações de guerrilheiros das Farcs e dos assaltos nos navios nas hidrovias do Norte pelos piratas dos rios.

 Uma esperança

Na impossibilidade de contar com a classe política, onde os prefeitos superfaturam até o pão da merenda escolar, muitos deputados e senadores envolvidos em grilagem de terras, garimpo ilegal e tantas outras falcatruas e ministros que não zelam sequer pela moralidade das licitações de arroz para a população, como ocorreu recentemente, as ações do MPF se tornaram uma esperança para combater o do crime organizado já enraizado na região amazônica. Terão como inimigos os próprios políticos eleitos pelo crime organizado que abundam a região. Um perigoso confronto contra o narcotráfico.

Uma redução 

Dos treze pré-candidatos inicialmente colocando seus blocos na rua em Porto Velho, visando o Paço Municipal, alguns vão ficando pelo meio do caminho. O deputado federal Fernando Máximo, por exemplo, foi assado a moda do Madeira, com sua postulação implodida pelo clã Carvalho, instalado no União Brasil, e dominante nos Republicanos. A petista Fatima Cleide também está deixando a peleja, optando por apoiar o nome escolhido pela Frente Democrática Popular, onde estão alinhados a Federação Brasil Esperança, (PT, PC do B e Partido Verde), o PDT de Célio Lopes, o PSB de Vinicius Miguel, o PSOL de Pimenta de Rondônia. Também se vê um recuo na intenção do deputado estadual Marcelo Cruzem disputar o pleito.

Jogo de estratégia

A união das forças de esquerda é a melhor estratégia para enfrentar os poderosos candidatos conservadores na capital rondoniense.

Sempre foi difícil acertar um frentão desta natureza e ainda não se sabe até que ponto isto poderá dar certo, mas o PT que sempre foi um impedimento, está facilitando as coisas para que a coalizão seja ratificada nas convenções partidárias do mês de julho. Consenso nunca foi fácil no meio de tantos intelectuais, sindicalistas e questionadores dos governos direitistas, mas o entendimento tem avançado nos últimos dias.

O isolamento

Pela configuração da campanha 2024 em Porto Velho constato uma proposta de isolamento para o MDB que tem como candidata a ex-juíza Euma Tourinho. Com tantos candidatos lançados, e os agrupamentos se juntando aos candidatos de ponteira, como Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos), mais o lançamento da Frente Popular Democrática, restará pouco espaço para o partido de Confúcio Moura, Lucio Mosquini e Williams Pimentel se movimentar. Até garimpar um bom vice já se tornou difícil. Mas os articuladores do MDB são experientes no ramo e já devem estar tomando suas providências. 

Via Direta

* Como a segurança pública em Porto Velho está em colapso, com assaltos e arrombamentos para todos os ados, a população já está perdendo a paciência, agindo com violência contra os infratores * Durante a semana tivemos casos de ladrões espancados até sangrar em alguns bairros e outros feridos e um morto pelas vítimas. Mas é tanto ladrão na capital -sem contar os políticos, né? - Que é difícil solucionar as demandas * O mote da maioria dos candidatos a vereança na capital é a incompetência, a omissão e as falcatruas praticadas pelos atuais edis ***Alerto a população que as legislaturas só tem piorado nos últimos anos. É coisa de louco!

Qual é a sua atração favorita no Arraial Flor do Maracujá?

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