Política, meio ambiente e tradições: Os destaques de Rondônia
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Sem perdão
Há pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do cristianismo é perdoar. Os estados nacionais, laicos, não têm o dever de seguir preceitos religiosos, submetidos à obrigação de cumprir as leis sob pena de prevaricação. Não podem perdoar.
No caso dos crimes ambientais, a legislação é branda e permite ampla reparação por parte dos infratores, mas a punição prevista em lei deve ser aplicada, sobretudo na atualidade, em que os crimes ambientais, antes de suave impacto na vida de todos, passam a ter uma condição de lesa-humanidade.
Ao prejudicar a qualidade das águas e do ar, ocorrem doenças e baixa imunidade, pondo em risco vidas não só vegetais e dos bichinhos da natureza, mas também das pessoas. O equilíbrio natural é item obrigatório nas ações de sobrevivência humana.
No caso das pequenas libélulas, por exemplo, sua existência na floresta prova que as condições ambientais na região ainda estão fora do apocalipse climático. Há pouco, estudo feito por cientistas do Pará e de Portugal apontou que elas têm potencial para contribuir no desenvolvimento do ecoturismo de base comunitária na Amazônia. De acordo com a pesquisa, as libélulas podem gerar novas fontes de renda, mas esse uso positivo depende de políticas públicas, financiamento e treinamento das comunidades. Será imperdoável não agir nesse sentido.
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Os clãs políticos
Os clãs políticos rondonienses já formados e outros em criação já se preparam para as eleições de 2026. Alguns vitoriosos nas eleições municipais, outros ainda lambendo as feridas da derrota por terem tubulado gloriosamente junto ao eleitorado. Chama atenção o projeto de clã do governador Marcos Rocha, que pretende se eleger ao Senado e emplacar a esposa Luana a Câmara dos Deputados.
O Clã Chaves
A família Chaves perdeu força na disputa do governo estadual com a recente derrota da ex-deputada Mariana Carvalho a prefeitura de Porto Velho e por isto é possível que o prefeito Hildon Chaves projete uma postulação ao Senado e sua esposa, Ieda Chaves uma cadeira à Câmara Federal. Tratando-se da capital são favoritos para se tornarem vitoriosos, mas Hildon com mais dificuldades, já que pode ter no seu caminho Marcos Rocha (UB-Porto Velho), Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná), Expedito Junior (PSD-Rolim de Moura) entre outros nomes promissores e em ascensão no cenário regional. Mas serão, como sempre estou lembrando, duas cadeiras em disputa.
O clã Donadon
Por sua vez, o clã Donadon que padece com a decadência com relação aos grandes resultados dos anos 80/90, e que tem como patriarca o ex-prefeito Marcos Donadon, considerado um dos melhores da história de Vilhena e Colorado do Oeste, terá Rosangela Donadon para a reeleição a Assembleia Legislativa e o ex-deputado federal Natan Donadon a Câmara dos Deputados. Vilhena que já teve bons federais, casos de Reditário Cassol, Arnaldo Lopes Martins e o próprio Natan, busca também ampliar sua representação no Congresso, onde já conta com o senador Jaime Bagatolli (PL) pretenso postulante ao governo estadual
Clã Cassol
Na região de Rolim de Moura, Zona da Mata abrangendo os polos do café e cone sul rondoniense, o clã Cassol, que elegeu Rediário Cassol a Câmara dos Deputados, Cesar Cassol a deputado estadual, Jaqueline Cassol a federal e o expoente Ivo que foi governador duas vezes e uma ao Senado, quer se reabilitar, buscando a elegibilidade de Ivo para as eleições 2026. Sendo candidato ao CPA, será um dos grandes favoritos para a peleja, em vista de uma trajetória política e administrativa bem-sucedida. A região também tem dois outros clãs políticos, atualmente decadentes: os Raupps, com mais expressão, e os Expeditos.
Repassando votos
Impressiona como os expoentes dos clãs políticos tem dificuldades em repassar votos as suas esposas e familiares quando lançados na política. Ivo Cassol não transferiu votos sequer a esposa Ivone, mesmo ela muito querida pelos rondonienses. Também o então senador Expedito Junior não logrou sucesso emplacar a sua esposa a Câmara dos Deputados, mesmo ela sendo carismática, tampouco Confúcio Moura elegeu a irmã. E grandes governadores não deixaram herdeiros, como o falecido Jorge Teixeira, os governadores Oswaldo Piana Filho, José Bianco, Valdir Raupp. E por aí vai.
Via Direta
Alguns vereadores eleitos de Porto Velho se mostram ávidos para emplacar os titulares das secretarias de saúde, educação e Obras na gestão do prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) *** Querem mesmo é a parte do Leão da municipalidade, mas esta parte é do alcaide *** A expectativa da Câmara dos Diretores Lojistas da capital é que a nova administração municipal desenvolva ações para revitalizar o centro histórico, tomado por drogados, ladrões e mendigos de araque *** Passadas as eleições e ninguém mais fala na emancipação do Distrito de União Bandeirantes.
Carlos Sperança