Foto: Reprodução/Portal SGC/Redetv!RO
O trabalho infantil segue como um problema grave e invisível em Rondônia, onde a taxa entre crianças e adolescentes de 5 a 17 anos atingiu 6,9% em 2023, a mais alta da região Norte. Em Porto Velho, 46 casos foram registrados entre 2022 e 2024, evidenciando um cenário preocupante. Para discutir estratégias de enfrentamento, agentes públicos participaram de um encontro focado no combate a essa violação de direitos.
Casos recentes e números nacionais
Em abril deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego resgatou 14 adolescentes em Ariquemes, envolvidos em atividades como lavagem de carros, carregamento de entulho e venda de produtos em semáforos - todas consideradas entre as piores formas de trabalho infantil. No Brasil, embora os números tenham caído de 1,88 milhão (2022) para 1,607 milhão (2023), ainda há 586 mil crianças e adolescentes submetidos a condições degradantes, como risco físico, carga excessiva e exposição a ambientes perigosos.
Impactos e desafios
O trabalho precoce compromete diretamente a educação e o desenvolvimento infantil. Muitas crianças abandonam a escola, perdendo oportunidades de formação profissional e perpetuando ciclos de pobreza. Entre 2023 e 2024, foram realizados 2.741 resgates em todo o país. Nos primeiros quatro meses de 2025, 1.067 crianças e adolescentes foram afastados de situações de exploração, sendo que 86% estavam nas piores formas de trabalho.
Ações em andamento
O encontro promovido pelo governo reuniu autoridades e especialistas para discutir medidas como fiscalização, apoio às famílias, políticas educacionais e proteção social. A erradicação do trabalho infantil exige esforço conjunto, envolvendo não apenas o poder público, mas também a participação ativa da sociedade.
Os números não são apenas estatísticas - representam vidas interrompidas, sonhos adiados e potenciais desperdiçados. A luta contra o trabalho infantil demanda ações integradas e urgentes para transformar essa realidade.
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