Foto: Reprodução/Portal SGC/Redetv!RO
No Bar do Calixto, em Porto Velho, a ancestralidade negra ganhou voz, cor e movimento durante o "Julho das Pretas". O evento celebrou a resistência e o empoderamento de mulheres negras latino-americanas e caribenhas, com uma exposição fotográfica que homenageou 21 mulheres nortistas - empreendedoras, artistas e ativistas - que transformam realidades por meio de luta e resistência.
A psicóloga Brenda Moraes, idealizadora do projeto, destacou a importância da data e do conceito de "aquilombamento" - a união como forma de resistência. "A arte e a música são pilares dessa luta", afirmou, citando a apresentação da cantora Renata Evans como um dos momentos marcantes.
Entre as homenageadas, estiveram mulheres que enfrentaram ditadura, violência e racismo. Rayane Trajano, jornalista e integrante da Associação Filhas do Boto Nunca Mais, ressaltou o perfil dessas guerreiras: "São símbolos de resistência, que inspiram outras mulheres a seguirem firmes".
A moda também foi destaque como forma de resistência. Marclly Ramos, do MarcllyAfroStyle, transforma materiais reciclados em peças que exaltam a cultura negra e elevam a autoestima de mulheres. "Tudo começou como uma forma de expressão e hoje é uma ferramenta de empoderamento", explicou.
A cantora e ativista Renata Evans trouxe um recorte sobre a interseccionalidade das lutas negras e trans, reforçando a importância de espaços como o "Julho das Pretas" para dar visibilidade às múltiplas identidades da comunidade negra.
O evento reforçou que a luta por reconhecimento e igualdade segue viva. Como disse Brenda Moraes, "é sobre existir, resistir e construir juntas um futuro possível".
Natália Figueiredo - Portal SGC