Rondônia

"Rondônia tem peso estratégico nas exportações brasileiras e pode liderar a agenda da bioeconomia"

Presidente da ApexBrasil afirma que tarifaço dos EUA não compromete crescimento, defende ferrovia bio-oceânica e analisa cenário político na Amazônia.


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“Rondônia tem peso estratégico nas exportações brasileiras e pode liderar a agenda da bioeconomia”

Divulgação

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O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, foi o convidado do podcast Põe na Bancada, apresentado por Roberto Sobrinho, para discutir os efeitos do chamado "tarifaço" imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Segundo Viana, a medida tem impacto real sobre cadeias produtivas como carne, soja e café, mas pode ser mitigada pela diversificação de mercados e por projetos de infraestrutura logística na Amazônia.

Dados apresentados pelo presidente da Apex indicam que o Brasil abriu mais de 430 novos mercados no terceiro mandato do presidente Lula, o que reduz a dependência das exportações para os Estados Unidos.

Segundo Viana, o impacto das tarifas em Rondônia é limitado. Em 2024, o estado exportou US$ 2,6 bilhões, com destaque para:

• Carne bovina: US$ 1,1 bilhão

• Soja: US$ 900 milhões

• Milho: US$ 170 milhões

• Café: US$ 130 milhões

Apenas US$ 120 milhões tiveram como destino o mercado norte-americano.

"Rondônia foi atingida pelo tarifaço, mas a maior parte dos seus produtos vai para China, Espanha, Argélia e México. Isso reduz o impacto direto", afirmou.

Viana citou o programa Exporta Mais Amazônia, já realizado em Cacoal (RO), como iniciativa para inserir pequenos e médios produtores em feiras e cadeias internacionais.

"O Brasil abriu portas no mundo inteiro. Rondônia, que já responde por quase um quarto das exportações da Amazônia, pode crescer muito mais com apoio da Apex e do governo federal."

Outro ponto de destaque foi a ferrovia bio-oceânica, que ligaria Rondônia e Acre aos portos do Pacífico.

"Hoje, os produtos levam até 17 dias a mais para chegar à Ásia. A ferrovia reduziria custos, tempo e criaria uma alternativa ao Canal do Panamá. É o projeto de infraestrutura mais importante da Amazônia", afirmou.

Na análise política, o ex-governador do Acre reconheceu falhas do campo progressista e avaliou o crescimento da extrema direita na região.

"Erramos em agendas, alianças e comunicação. O extremismo cresceu explorando pautas fáceis nas redes sociais. Precisamos retomar o diálogo com políticas concretas: emprego, renda, crédito, infraestrutura e educação."

Ele defendeu a necessidade de isolar posições radicais:

"Não é problema trabalhar com conservadores ou com pessoas de direita. O problema são os extremistas, que dividem famílias e sabotam a democracia. A Amazônia precisa de união e projetos concretos."

Destaques do episódio:

• Impacto do tarifaço sobre cadeias de carne, soja e café em Rondônia;

• Detalhamento das exportações do estado em 2024;

• Diversificação de mercados e abertura de 430 novos destinos para exportações brasileiras;

• Exporta Mais Amazônia como política de inserção internacional da produção regional;

• Ferrovia bio-oceânica como eixo estratégico para reduzir custos logísticos;

• Reconhecimento de erros do campo progressista e defesa da união contra extremismos.

???? Exibição e plataformas:

YouTube: Assista ao episódio no YouTube.

RedeTV (RO): sábado, 19h30.

TV Cultura (RO): terça-feira - 20:30h.

Áudio: disponível também no Spotify (Põe na Bancada).


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