Assessoria/Energisa
Em um cenário historicamente dominado por homens, o setor elétrico brasileiro começa a registrar uma mudança gradual. De acordo com a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica, as mulheres constituem aproximadamente 22% do total de trabalhadores. No entanto, a presença feminina é marcada por significativas disparidades.
Quando a análise recai sobre as funções técnicas e operacionais, aquelas que exigem botas e luvas no campo, a participação feminina cai para menos de 5%. Dados do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia reforçam essa diferença: apenas 18% dos profissionais registrados em Engenharia Elétrica no Brasil são mulheres.
É nesse contexto de desafio que atuam profissionais como Kethelen Lohany, eletricista de distribuição, que representa uma nova leva de mulheres conquistando espaço. A conquista do respeito no dia a dia é uma realidade, mas os números mostram que o caminho para a liderança também é desafiador. Menos de 10% dos cargos executivos no setor de energia são ocupados por mulheres.
Mayara Lopes, eletricista de rede de distribuição, vê a capacitação como um elemento chave para transformar essa realidade. Com essa perspectiva, iniciativas de concessionárias e escolas técnicas ganham força, criando programas de inclusão e capacitação específicos para mulheres. O objetivo é estimular jovens a ingressarem em cursos de Eletrotécnica, Eletromecânica e Engenharia, formando a próxima geração de profissionais que vai não só manter as luzes acesas, mas também ampliar a participação feminina no setor elétrico.
Natália Figueiredo - Portal SGC