A cobrança deve começar ainda nesse ano
Ilustrativa
A Concessionária Nova 364 anunciou que o trecho de 686,7 quilômetros da BR-364, entre Porto Velho e Vilhena, receberá um novo modelo de pedágio totalmente eletrônico.
O sistema, conhecido como free flow, deve começar a funcionar ainda neste semestre e promete transformar a forma como os motoristas trafegam pela principal rodovia de Rondônia.
Entenda como vai funcionar o novo sistema
Diferente das praças de pedágio convencionais, o sistema "free flow" dispensa cabines e cancelas físicas.
Sensores e câmeras instaladas em pórticos vão registrar automaticamente as placas dos veículos, calculando a cobrança de acordo com a distância percorrida e a quantidade de eixos.
Os pagamentos poderão ser realizados de duas maneiras:
Com o uso de tags eletrônicas (Sem Parar, Veloe, ConectCar etc.);
Por leitura da placa, com envio da cobrança diretamente ao proprietário por e-mail ou WhatsApp.
Valor da tarifa e exemplo prático
A tarifa básica foi definida em R$ 0,19 por quilômetro rodado, conforme publicado pela concessionária e confirmado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Um carro de passeio, com dois eixos, que percorra todo o trecho entre Porto Velho e Vilhena pagará:
R$ 0,19 × 686,7 km = R$ 130,47
Caminhões e veículos de transporte de carga pagarão valores proporcionais à quantidade de eixos e à distância percorrida, podendo ultrapassar esse valor em rotas longas.
Vantagens e preocupações
De acordo com o Ministério dos Transportes, o modelo eletrônico deve reduzir o tempo de viagem, diminuir filas e melhorar o fluxo de veículos, já que elimina paradas obrigatórias.
Outra vantagem apontada é o menor consumo de combustível e consequente redução de emissão de poluentes.
Por outro lado, parte dos usuários demonstra preocupação com o impacto econômico do pedágio no custo do transporte e de mercadorias, reacendendo o debate sobre tarifas justas e acessibilidade.
Transparência e fiscalização
A ANTT informou que irá disponibilizar um portal de transparência para que os usuários possam acompanhar o valor cobrado, verificar eventuais inconsistências e tirar dúvidas sobre o sistema.
O órgão também reforçou que as concessionárias terão a obrigação de prestar contas publicamente, garantindo clareza nos critérios de cobrança e destinação dos recursos arrecadados.
J Nogueira/PortalSGC