 
						SGC TV: Justiça desigual, misoginia é barreira na carreira de mulheres do direito
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A misoginia, definida como o ódio, desprezo ou preconceito contra as mulheres, não é um problema do passado. É estrutural e está presente em todos os espaços da sociedade, incluindo ambientes de trabalho, relações de poder e, de forma especialmente cruel, nas redes sociais. Dados da SaferNet Brasil mostram um aumento de 35% nas denúncias de discurso de ódio contra mulheres apenas no último ano, com o anonimato potencializando ataques e ameaças.
A questão que se coloca é como esse preconceito se manifesta em um ambiente que deveria zelar pela justiça: o Direito. De acordo com Patrícia Holanda, presidente da Comissão da Mulher Advogada, a deslegitimação da mulher nessa área vai além dos tribunais e atinge a rotina profissional de forma profunda, com consequências reais para a carreira.
Casos concretos que chegam à comissão mostram como a misoginia pode ser escancarada. Patrícia Holanda relembra um episódio emblemático que está sob apuração, ilustrando a gravidade do problema.
Diante de um cenário tão enraizado, especialistas apontam que a solução passa por uma mudança cultural. Para Patrícia Holanda, o caminho para combater a misoginia envolve educação, conscientização e medidas firmes por parte das instituições. A receita para desconstruir o preconceito é conhecida, mas exige um esforço coletivo e constante.
Enquanto o preconceito continuar a silenciar vozes e limitar carreiras, a luta por um ambiente verdadeiramente igualitário, dentro e fora dos tribunais, seguirá sendo uma necessidade urgente.
 
				
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