Expansão de cemitério gera insatisfação e divide opiniões na comunidade

A última semana foi bastante movimentada no Poder Legislativo (Câmara de Vereadores) de São Miguel do Guaporé por reclamações de moradores sobre uma tentativa da prefeitura em expandir a área do cemitério local, por falta de espaço para novos sepultamentos. Na segunda-feira (3), o Poder Executivo enviou um projeto de Lei (95/2026), pedindo em caráter de urgência a sua aprovação, o que não aconteceu em decorrência do documento ter chegado já no período da noite.

De acordo com o prefeito, Edilson Crispim Dias, o projeto de Lei 95/2025, trata-se da desafetação e extinção da Rua Peroba, entre às quadras 65 e 59 (Avenida Presidente Vargas e Marechal Rondon), com objetivo de realizar a expansão do cemitério local. Em sua justificativa, o campo santo, não conta mais com espaço para sepultamentos, sendo a situação considerada de extrema gravidade. O prefeito afirma que a desafetação é uma prerrogativa do Poder Executivo.

Ainda pelo projeto, a incorporação da Rua Peroba, não causará prejuízo, visto que a mesma é de baixa trafegabilidade de veículos e, que não existem moradores nessa área de circulação.

A área de expansão do cemitério de São Miguel já isolada, está gerando reclamação e insatisfação da comunidade

Em contato com a reportagem, o vereador Aguinaldo Ferreira ‘Sertanejo’ lembrou que já existe um projeto para um novo cemitério, inclusive com todas as licenças necessárias e obrigatórias. O projeto somente não prosperou porque durante uma audiência pública no ano passado (2024), ocorreu uma ação de embargo. Na segunda-feira, antes do projeto ser entregue no Poder Legislativo, o Secretário de obras, Adilson da Eletrônica, chamou alguns vereadores para esclarecer como seria a execução do projeto.

"A pavimentação seria cortada ao lado do cemitério, para ser feitas duas novas fileiras de covas. Já ao lado da creche, seria construído um muro para novas gavetas", comentou o vereador. Ainda segundo ele, a área chegou a ser fechada com madeiras e o muro quebrado, mas, nada tinha sido votado pelos vereadores. A apreciação do plenário deve acontecer no decorrer desta semana.

Uma residente na região do cemitério, pedindo para não ser identificada, disse que todos que moram perto da creche estão contra essa medida da prefeitura. "Essa gavetas ficariam do lado de uma creche, acho uma medida inoportuna e descabida", criticou.

J Nogueira/PortalSGC