Saúde

Pirola: variante é menos contagiosa que a Ômicron, afirma estudo

Cientistas que a variante é cerca de 60% menos infecciosa que a Ômicron


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Foto: Reprodução

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Cientistas da Universidade de Pequim, na China, descobriram que a variante Pirola do coronavírus não é tão perigosa quanto se achava. Segundo o estudo, um dos primeiros feitos em laboratório com o vírus BA.2.86, embora ele seja "radicalmente diferente" da Ômicron, sua parente mais próxima, o Pirola também parece ter 60% menos capacidade de infecção.

Os resultados encontrados mostram que a cepa tem cerca de 30 mutações na proteína Spike, justamente a parte do vírus que as vacinas atacam, o que pode reduzir a capacidade de o corpo identificá-la em um primeiro momento.

Ainda assim, a mudança não ameaça as vacinações já em curso. Segundo o biomédico Yunlong Cao, responsável pelo estudo chinês, a diminuição observada na capacidade de imunização foi de dois pontos. Apenas uma redução de oito pontos seria capaz de ameaçar a eficácia das vacinas.

"Eu diria que a variante Pirola vai circular lentamente na população. Ela não será capaz de competir com outras cepas predominantes rapidamente", tranquilizou o cientista, em entrevista à CNN Internacional. 


Testes da Pirola na Suécia

Em um segundo conjunto de experiências, investigadores do Instituto Karolinska, na Suécia, testaram a variante Pirola contra anticorpos no sangue de doadores humanos. As amostras foram recolhidas em dois momentos diferentes: no final de 2022, antes do surgimento da variante XBB, e em agosto de 2023.

Os anticorpos das amostras mais antigas não conseguiram desativar efetivamente o BA.2.86, mas as provas colhidas de doadores há apenas uma semana fizeram um trabalho melhor.

"No geral, não parece ser uma situação tão extrema quanto foi o surgimento da Ômicron. Embora seja difícil de prever, não acho que os anticorpos correntes sejam impotentes contra a Pirola", escreveu o virologista Benjamin Murrell, autor principal do estudo, no Twitter.

 Ele, no entanto, completa que o surgimento de variantes muito diversas indica a importância do sequenciamento genético do coronavírus nos laboratórios. "Não podemos abandonar a estrutura de vigilância genômica. Precisamos testar mais rapidamente essas variantes", escreveu ele.

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Metrópoles


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