Equipamento usado para o estudo dinâmico da bexiga, também conhecido como estudo urodinâmico
IMAGEM ILUSTRATIVA
Pacientes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS) em Rondônia enfrentam dificuldades para realizar o exame de urodinâmica, usado para diagnosticar problemas como incontinência urinária e disfunções da bexiga. Enquanto isso, o equipamento necessário para o procedimento está em um vai e vem entre unidades de saúde, sem uso definido, segundo relatos de servidores.
O aparelho, que antes estava na Policlínica Osvaldo Cruz (POC), foi transferido para o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro, onde permaneceu sem utilização. Quando questionada, a direção do Hospital de Base informou que o equipamento foi devolvido à POC, mas funcionários da policlínica afirmam que ele não está em operação e não há confirmação oficial de seu retorno.
Exame essencial, mas indisponível no SUS
A urodinâmica é um exame fundamental para o diagnóstico de doenças urológicas e neurológicas, como bexiga hiperativa, incontinência e retenção urinária. Na rede privada de Porto Velho, o procedimento custa em média R$ 600, valor inacessível para muitos pacientes do SUS.
"Sem esse exame, os médicos têm que fazer diagnósticos apenas com sintomas, o que pode levar a tratamentos errados ou demorados", explica a médica Priscila Freitas.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SESAU) para esclarecer onde está o aparelho atualmente e porque ele não está sendo usado. Mas até a publicação desta matéria, a SESAU não respondeu aos questionamentos.
Enquanto o equipamento fica "parado" em algum lugar, pacientes como Sofia Souza, 37 anos, que sofre de prolápso uterino (bexiga baixa grau 2), aguardam há meses por uma solução.
"Já fui encaminhada duas vezes, mas sempre dizem que não tem como fazer. Não tenho condições de pagar R$ 600 num exame", desabafa.
Natália Figueiredo - Portal SGC