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A espera por um órgão é, para muitos, uma corrida contra o tempo. Em Rondônia, a fila por um transplante tem nomes, histórias e sonhos. É para encurtar essa espera que a campanha Setembro Verde ganha força, conscientizando a população sobre a importância de dizer 'sim' à doação. Na prática, converter um potencial doador em um doador efetivo esbarra em um desafio crucial.
De acordo com Edcleia Gonçalves dos Santos, Coordenadora da Central de Transplantes de Rondônia, o consentimento familiar é fundamental. "O 'sim' é a única esperança para quem depende do SUS para um transplante", reforça. O procedimento é 100% gratuito e integra uma das políticas de saúde pública mais complexas e bem-sucedidas do mundo.
A mensagem central da campanha é dirigida às famílias: comunicar em vida o desejo de ser um doador é o passo mais importante para facilitar a decisão dos parentes em um momento de luto.
É nos hospitais que a vitória da doação se concretiza. A reportagem acompanhou o momento crucial em que a doação se transforma em vida. A técnica responsável transportou a córnea, preservada e identificada, da sala de transplantes até o centro cirúrgico. Lá, a médica oftalmologista transplantadora, Dra. Maria Ivanete, mostrou o tecido que iria restituir a visão de um paciente, já preparado para receber um novo começo.
A médica destacou a importância da campanha para aumentar o número de doações e, consequentemente, reduzir a fila de espera por procedimentos que devolvem a capacidade de enxergar e salvam vidas.
Um gesto simples e uma conversa em família podem ser o fim da fila de espera para alguém. Doar órgãos é doar vida. É essa mensagem de esperança e solidariedade que o Setembro Verde quer plantar em cada lar de Rondônia.
Natália Figueiredo - Portal SGC