Foto: Reprodução/AHA
O tempo é primordial quando se trata de salvar vidas. Em casos de engasgo, a situação pode evoluir rapidamente para a inconsciência e, subsequentemente, para uma parada cardiorrespiratória. No dia 22 de outubro de 2025, os protocolos americanos de emergência utilizados no Brasil passaram por uma atualização, com mudanças significativas nas técnicas de desobstrução das vias aéreas.
Conforme explica Mara Bastos, enfermeira do SAMU de Porto Velho, a agilidade no socorro é crucial. "O socorro nem sempre chega em tempo hábil. Conhecer e aplicar corretamente as manobras de desobstrução das vias aéreas é uma ação de utilidade pública", destaca.
As novas orientações buscam simplificar o aprendizado, aumentar as chances de uma resposta eficaz e reduzir o tempo de início das manobras, fatores decisivos para a sobrevivência da vítima. Entre as alterações, está a recomendação para vítimas que já estão inconscientes. Nesses casos, o ideal é posicioná-la deitada no chão para dar prosseguimento às compressões torácicas, que atuam como compressões pulmonares para expelir o objeto.
Para vítimas conscientes, a manobra de Heimlich (compressões abdominais) continua sendo a principal técnica. As novas diretrizes reforçam a importância de reconhecer o sinal universal de engasgo: a pessoa leva as mãos ao pescoço, representando um pedido de ajuda silencioso.
Além das manobras tradicionais, outra forma de desengasgo apresentada é a utilização de uma superfície plana, como o encosto de uma cadeira, para aplicar pressões controladas no abdômen da vítima.
"Samuzinho" nas Escolas
Para levar esse conhecimento à população e criar uma rede de socorro, o SAMU de Porto Velho está promovendo o projeto "Samuzinho" em escolas municipais. A iniciativa tem como objetivo capacitar crianças e educadores, trazendo mais segurança para a comunidade. "Nós estamos... em salvar vidas", afirma um representante do projeto em material de divulgação.
Em qualquer situação de emergência de engasgo, a primeira ação deve ser acionar imediatamente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) pelo número 192. Enquanto o suporte especializado não chega, a aplicação correta das manobras pode ser a diferença entre a vida e a morte.
Samara Santos - Portal SGC