Foto: Divulgação/Governo de Rondônia
Realizado pelo Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), em parceria com a Prefeitura de Guajará-Mirim e a Associação Cultural Waraji - detentora do patrimônio cultural -, o festival abriu sua programação com o boi-bumbá mirim Malhadinho, seguido pelo boi adulto Malhadinho.
A abertura oficial estava prevista para as 20h, mas só começou após a meia-noite. A forte instabilidade do tempo já era esperada, já que novembro é um dos meses mais chuvosos da região. Mesmo assim, o público compareceu em peso: as arquibancadas ficaram completamente lotadas.
De um lado, a torcida azul e branca do Malhadinho fez a arena pulsar com balões, pompons, cartazes e figuras representando cada item do boi.
Do outro, a torcida do Flor do Campo manteve sua tradicional postura silenciosa durante a apresentação rival. Também foram reservados espaços especiais para visitantes e indecisos, idosos e público PCD. No Duelo, torcer conta ponto, e a animação da galera é um item oficialmente julgado.
Após a entrada do boi adulto Malhadinho, cerca de 30 minutos depois, a chuva finalmente desabou. A diretoria ainda tentou manter a apresentação, mas, como os músicos estavam em área descoberta, a organização decidiu interromper o espetáculo para evitar danos aos instrumentos e equipamentos de som.
A interrupção causou frustração entre brincantes e torcedores, já que diversos itens não chegaram a ser apresentados, entre eles: Ritual Indígena, Porta-Estandarte, Amo do Boi, Sinhazinha da Fazenda, Boi-Bumbá Evolução, Toada (Letra e Música), Pajé, Tribo Indígena Masculina, Tribo Indígena Feminina, Tuxauas, Vaqueirada e Galera.
Neste sábado (15), a organização deve anunciar oficialmente como fica a disputa entre os bois devido à interrupção provocada pela forte chuva.
Itens julgados no Duelo na Fronteira
Apresentador - mestre de cerimônia, conduz o espetáculo com carisma e domínio de público.
Levantador de Toada - voz principal que dita ritmo e emoção.
Batucada/Marujada - base rítmica que sustenta as toadas.
Ritual Indígena - encenação inspirada em ritos xamânicos amazônicos.
Porta-Estandarte - leveza e sincronia na condução do símbolo do boi.
Amo do Boi - figura tradicional que improvisa versos e conduz o enredo.
Sinhazinha da Fazenda - graça e elegância da filha do fazendeiro.
Rainha do Folclore - expressão máxima da cultura popular.
Cunhã-Poranga - guerreira da floresta e símbolo da força feminina amazônica.
Boi-Bumbá Evolução - movimentos e encenação realista do boi, com Pai Francisco e Mãe Catirina.
Toada (Letra e Música) - avaliada pela melodia, conteúdo e métrica.
Pajé - curandeiro da tribo, com forte expressão corporal.
Tribo Indígena Masculina - força e sincronia dos guerreiros.
Tribo Indígena Feminina - coreografia e representatividade das mulheres da tribo.
Tuxauas - chefes tribais avaliados pela originalidade e fidelidade ao tema.
Alegoria - elementos visuais e estruturais do espetáculo.
Lenda Amazônica - encenação das histórias do imaginário amazônico.
Vaqueirada - guardiões do boi, símbolo de tradição e ritmo.
Galera - vibração e energia da torcida.
Organização e Conjunto Folclórico - harmonia geral da apresentação.
Coreografia - criatividade e expressão corporal dos participantes.
Próximas apresentações
A programação do festival segue até domingo (16):
Sábado (15) - apresentação do Boi-Bumbá Flor do Campo.
Domingo (16) - o Flor do Campo abre a noite, e o Malhadinho encerra a disputa.
Segunda-feira (17) - apuração das notas e encerramento oficial do Duelo na Fronteira 2025.
Portal SGC