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‘O Agente Secreto’ vira a maior bilheteria nacional de 2025

Filme de Kleber Mendonça Filho ultrapassa 1 milhão de espectadores e lidera o cinema brasileiro no ano


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Vitrine Filmes/Divulgação

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O Agente Secreto tem sido destaque no cinema brasileiro recente. Prova disso é que o longa de Kleber Mendonça Filho ultrapassou 1 milhão de ingressos vendidos e assumiu o posto de maior bilheteria nacional de 2025, conforme dados da Ancine — feito alcançado até agora apenas por outro título brasileiro: Chico Bento e a goiabeira maraviósa. O resultado ganha ainda mais peso por se tratar da primeira produção realizada fora do eixo Sul-Sudeste a atingir esse patamar de público no país.

Ambientado no Recife e protagonizado por Wagner Moura, o thriller político permanece em cartaz pela sexta semana consecutiva, com exibição em mais de 200 salas espalhadas pelo Brasil — um fôlego raro para produções nacionais. O alcance nas bilheterias acompanha a forte repercussão crítica e internacional do filme, que foi escolhido como a aposta do Brasil na disputa pelo Oscar de 2026.

Na segunda-feira (8/12), a trajetória ganhou novo impulso com três indicações ao Globo de Ouro: Melhor Filme de Drama, Melhor Filme em Língua Não Inglesa e Melhor Ator em Filme de Drama para Wagner Moura. A cerimônia organizada pela Golden Globe Foundation está marcada para 11 de janeiro de 2026, em Los Angeles.

Além das indicações, O Agente Secreto também foi eleito o melhor filme do ano pela revista The Hollywood Reporter, consolidando-se como um dos títulos brasileiros de maior destaque internacional em 2025. Moura ainda figurou na lista de grandes atuações do The New York Times, bem como Tânia Maria, intérprete de dona Sebastiana, na categoria de "melhor atuação de cigarro".

Na trama, Wagner Moura interpreta Marcelo, um especialista em tecnologia que deixa São Paulo para trás após um passado violento e tenta reconstruir a vida no Recife de 1977, em pleno regime militar. A tentativa de recomeço, porém, esbarra em um ambiente de vigilância, suspeitas e ameaças constantes, que expõem os medos, conflitos e traumas de um país mergulhado na ditadura.

Além de Moura, completam o elenco nomes como Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido e Alice Carvalho. A direção é de Mendonça Filho, já reconhecido internacionalmente por trabalhos como Bacurau e Aquarius. O longa estreou em Cannes, onde teve boa recepção: Moura levou o prêmio de Melhor Ator, enquanto Mendonça Filho foi laureado como Melhor Diretor. Também conquistou prêmios da crítica e do júri em Lima.

Correio Braziliense


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