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POLITICA & MURUPI

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1- POVO NAS RUAS: UM SINAL VISÍVEL DE QUE O PODER EMANA DO POVO

1 - Somente hoje pela manhã vi as imagens da Avenida Paulista e soube do número de participantes do evento. Os números como não poderiam deixar de ser, dependem do informante. A menor apuração é 185 mil para O Globo, G1 e um grupo de pesquisadores oriundos da USP. A PM de São Paulo traz um número bem maior, entre 600 a 750 mil. Eu e Zé de Nana, conservadores com as estatísticas, números, ideologias e avessos a essa permanente polarização política e tóxica do Brasil, optamos de bom grado pela média aritmética arredondando-a para 465 mil pessoas. É de bom tamanho considerando que a tarde de domingo, tinha FlaxFlu televisado. Para entenderem as nossas contas: a Avenida Paulista tem 2,8 quilômetros de extensão e largura máxima de 47 metros o que dá uma área total é de uns 130.000 metros quadrados. A contagem utiliza a regra de quatro a cinco pessoas por metro quadrado. Em tese, com a avenida lotada, o número máximo seria de 650 mil pessoas, o que dificilmente ocorre.

2 - Contas, ideologias, toxicidades, polarizações à parte, qual a importância do ato de ontem? Bolsonaro ainda é uma figura de relevância política nacional? Existe o bolsonarismo que segundo Sêo Barroso foi derrotado com a ajuda dele? A narrativa do "ex-quase-futuro golpe" vai continuar existindo? O oito de janeiro será contado pela história com cores e tintas escolhidas por alguém, como fez Pedro Américo no quadro da Independência do Brasil ou varrido como foi a Revolta da Chibata e Retirada de Laguna? E agora José? Algo vai mudar de imediato no quadro político? Não acredito, mas é quase certo que o verde e amarelo voltará às ruas e por dois motivos: os erros do atual governo e o aceno da direita que ressurge. É quase certo que as camionetas do homem do agro voltem a circular com as bandeiras, que o Congresso reflita sobre a imagem da Paulista, mas nada leva a crer que ações para prender Bolsonaro e seu grupo arrefeçam, ainda que as coisas estejam mais difíceis pois "a voz rouca das ruas" rugiu e o medo de se manifestar que parecia estar na cabeça do povo sumiu. E à medida que o cerco se fecha, mais Bolsonaro aparece forte. E paradoxalmente caso seja preso pode virar o Lula da direita.

3 - Indicação de nomes e transferência de votos são coisas bem distintas. Aqui em Rondônia existem os casos clássicos e é preciso muito esforço físico e ginástica financeira para se colocar um poste político de pé. Ivo Cassol conhece do assunto e no resto do Brasil é igual. Exceção que faço à Dilma Roussef que prometeu e dizem, fez "o diabo para ganhar a eleição", nem Lula, o puxador de votos nas eleições de 2002, conseguiu eleger a Fátima Cleide na eleição de 2006 ao governo de Rondônia e que havia sido eleita na esteira de popularidade dele como senadora. Nem mesmo o eterno "poste disponível" para qualquer eleição, Fernand Haddad consegue angariar os votos do "chefe". Acompanho com atenção as escaramuças eleitorais por aqui e nos arranjos e ajuntamentos que se fazem buscando um nome novo com a aceitação de um nome velho que proporcione chapas vencedoras, o que mais percebo são cruzamentos de tatu com cobra. Ensaios entre Zema com Leite - queijo metà gaúcho e metà mineiro? - e papo da maioria dos presidenciáveis com o governador Tarcísio que é "assim ó" com Bolsonaro.

2 - O ÚLTIMO PINGO

E continua a saga para a prisão de dois bandidos que estavam na penitenciária de segurança máxima e que estão "dando um baile" e uma canseira nos seus perseguidores. Para Sêo Levandósque foi coisa de carnaval, Fernandinho Beira Mar diz que ficou feliz com a fuga e eu por aqui não digo absolutamente nada, mas fico imaginando porque ainda não chamaram o Dr. House, o CSIS, Rambo, Mac Gyver, Jason Statham, Scooby Doo e Salsicha ou o cara talhado para o assunto, Steven Seagal. É coisa de cinema.

 3 - PONTO FINAL

O senador Ciro Nogueira presidente do Progressistas sapateou sobre a esquerda na rede social "X" ao postar: "Muito feliz com a manifestação pela DEMOCRACIA e de apoio ao presidente Bolsonaro. Ao pessoal da esquerda, ao invés de reclamar, a sugestão: façam uma manifestação ainda maior. A democracia agradece! Se precisar, a gente empresta a Kombi". Vixi... Aí é broca. Além da queda o coice.

leoladeia48@outlook.com


Léo Ladeia

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