Colunas |

Política & Murupi

Confira a coluna


1.1- Surrupiando minha grana


Jogado no lixo por Bolsonaro em 2020, demorou pouco tempo para um malandro recriá-lo com nome parecido em maio de 2023 e eis o golpe: a cobrança ocorreria só em 2025. Claro que o povão nem se lembrava mais dessa outra tungada, mas três governadores resolveram empinar a carroça e botar no pau bem estilo Raul Seixas: "Nós não vamos pagar nada, é tudo free". As ações vão aparecer contra o tal SPVAT - só mudaram a letra - que atende o desejo do lobby de seguradoras. Se der certo, Sêo Lule, o criador e Congresso a criatura, serão costurados na boca do sapo e uma nova derrama mandará esse novo imposto pros quintos dos infernos. O Brasil não suporta mais o frenesi arrecadador e gastador daquele que só para de cobrar e gastar se estiver no ar voando em cículos ou caído no chão do banheiro. O SPVAT objetiva indenizar vítimas de acidentes de trânsito, é pago pelos donos de veículos e arrecadado pelo governo que o embute na cobrança do IPVA ou licenciamento. Por ora Minas, Santa Catarina e Distrito Federal estão à frente da revolta mas é quase certo que outros estados adiram. Para Zé de Nana a leitura esculachada como tal absurdo é esta: "Se o SPVAT é feio como sapo, pula como sapo, coacha como sapo e dizem que não é sapo, então é imposto".

1.2- Desserviço na saúde

 

A diretoria da Fundação Saúde Rio de Janeiro que contratou o PCS Lab Saleme, pediu demissão coletiva 10 dias após o rolo dos transplantes. O contrato de R$11 milhões foi feito ano passado para execução de exames de órgãos doados. Por ora só o PCS Lab e os pacientes contaminados com HIV pagaram o pato. A Dona Nísia que seria a maior interessada sobre o assunto faz cara de paisagem como se o caso não fosse do Ministério da Saúde que ela chefia ou deveria chefiar. Esta semana ela foi ao Fórum sobre Saúde, falou por dez minutos e nada disse sobre estoques de vacinas vencidas que irão parar no lixo, ou sobre os idosos que perderam o globo ocular depois de um mutirão de cataratas em Palheiras, nem sobre a dengue que se alastra pelo país. Dona Nísia diferente do Veín do 3º andar, não cai, pois a amiga Dona Rosângela não deixa. Nem do banquinho do banheiro.

1.3- Danou-se... é polícia investigando polícia.


Claro que ninguém será preso, nem terá o nome revelado, mas se ocorrer algum advogado dirá: "no curso do processo será provada a inocência do meu cliente". Falo da Operação Ben Hur em que a PF/GAEC meteu o bedelho no contrato feito em 2021 para apurar possíveis fraudes na locação de veículos para Sesdec. De cara a ausência de licitação pública, possível conluio entre gestores, contratados e direcionamento na escolha das empresas, o mesmo de sempre e começa com notícia crime ao MP por terem esquecido a publicidade e transparência que são princípios básicos em processos de governo. O foco são as irregularidades fatuais como a adesão de uma ata de registro de preços, ausência das especificações em carros como giroflex, sirene, rádio e mais à frente, a prorrogação sucessiva do contrato. Bem, se a mula veia continuar no velho e batido trote, esta será mais uma operação longa, desgastante e cara, cujo prejuízo dificilmente retornará ao erário, mas dará uma (*)uta dor de cabeça ao gestor. E novos gestores passarão pelo mesmo dissabor. Apesar da minha descrença é obrigatório investigar. Para o Zé de Nana, "Serviço público? Nem a pau. O Brasil não tem jeito não maninho".

1.4- O buraco é mais adiante. Desça mais.


Em junho o Veín do 3º andar - sabe tudo de economia! - disse: "Tem muita gente que acha que estamos gastando muito, mas eu não vejo como gasto, vejo como investimento". Então as estatais brazukas comemoram o excesso de investimento com o maior rombo em 15 anos. São mais de 100 estatais no agro, infraestrutura e telecomunicações e o governo utiliza o resultado para calcular o desempenho mensal das contas. De janeiro a agosto o déficit foi R$ 3,3 bilhões e aponta para R$ 3,7 bilhões no ano. Em 2018 Temer injetou R$ 5 bilhões e um gerou superávit. Em 2019 com Bolsonaro R$ 10 bilhões e o superávit foi a R$ 14 bilhões. Em 2023, déficit de R$ 700 milhões. Hoje lideram o rombo a Emgepron, Correios, Emgea e Dataprev. Ficam fora os bancos oficiais, a Petrobrás e a Eletrobras pelas regras de governança que s assemelham às empresas de capital aberto. O déficit geral absurdo se dá em parte por investimentos não feitos com os aportes de Temer e Bolsonaro, que não exigem aporte novo. Mas o futuro é ruim face ao descontrole das contas e à caótica credibilidade brazuka aliada à desconfiança com os rumos da política internacional lado a lado com a esquerda. "A maré não está pra peixe".

2.- Ponto final


O ex-comandante da Aeronáutica da era Bolsonaro, o tenente-brigadeiro Carlos Baptista Júnior, criticou os cortes recorrentes no orçamento da Força ao lamentar a queda de um da FAB em Natal ontem. O piloto depois de voar para uma área de menor risco se ejetou e foi resgatado. Disse em nota o comandante Baptista Junior disse pelas redes sociais: "Fabricada em 1972 (isto mesmo … há 52 anos), esta Aeronave de Caça - FAB4866 - da nossa Força Aérea Brasileira nos deixou hoje, em um acidente, logo após a decolagem da Base Aérea de Natal. Que os recorrentes cortes orçamentários não continuem impedindo a substituição da frota de F-5M por aeronaves mais modernas, como os F-39E/F Gripen. Agradeço pela ejeção bem-sucedida do piloto". E o Veín do 3º andar querendo um avião novo...

03- Penúltimo pingo


Que Sêo Lule se recupere da queda se houve, que tenha saúde, pare de falar e governe, gaste menos e tenha compromisso com a verdade e o país. Não morra para não virar santo, cumpra todo o mandato e depois caia fora sem disputar a reeleição pois eu não aguento mais um dia. Sobre a queda no banheiro - ou fora - não me interessa. Qualquer versão sobre o fato eu não acredito. PT. Saudações!

Léo Ladeia

PUBLICIDADE
Postagens mais lidas de
Últimas postagens de