1.1- Sob o signo do medo
Não estou na defesa do deputado federal que resolveu acampar numa ridícula barraquinha quando poderia se hospedar às expensas do povo num hotel de luxo como soe ocorre. Defendo o direito que tem ele e/ou qualquer um do povo de fazer o mesmo. É assim com o beneplácito do governo em praças, viadutos, cracolândias, mas não em Brasília. O servidor AMoraes botou todos - os que lá estavam e alguns que nem estavam para correr a golpe de caneta, além de proibir a instalação de acampamentos ou coisa que o valha como obstrução na inóspita Praça dos Três Poderes onde não existem árvores. Sem árvore, sem povo, sem manifestação, só tem mesmo o medo, ou a censura raivosa. O medo está dentro e fora dos prédios dos Três Poderes e explícito na ordem da censura geográfica fechando com um cag(*)ço de ouro: "É vedada qualquer ocupação ou obstrução da Praça dos Três Poderes. A tentativa de repetir os acampamentos golpistas que antecederam os ataques de 8 de janeiro exige uma reação proporcional do Estado". Prevenção? Não! É censura. Eu vivi isso.
1.2- Um pouco mais sobre isso aí no alto
Independente da imunidade parlamentar prevista no art 53, a Constituição diz no Art. 5º Inc. IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente; XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. E agora o que está valendo? A ordem "é vedada qualquer ocupação ou obstrução da Praça dos Três Poderes" by AMoraes ou a Constituição Federal, em especial suas cláusulas pétreas?
1.3- Só Jesus na causa
O fato ocorreu em 2018 e hoje não seria minimamente possível. Um grupo de cristãos da Nicarágua se ajoelhou para clamar a Deus em meio aos protestos que tem marcado o país na época há mais de quatro meses. O total de mortes chegava às centenas. A foto mostra um grupo de médicos e universitários que se ajoelharam para orar pelas pessoas que foram detidas pelo regime de Daniel Ortega sem justa causa. O fato ocorreu depois do ataque em Manágua, onde pelo menos 32 pessoas foram presas. Em meio a uma marcha em que, de acordo com os manifestantes, estavam constantemente sendo intimidados e ofendidos pela polícia de choque, este grupo de pessoas cristãs ajoelhou-se no meio da rua para clamar a Deus por justiça. Enquanto clamavam a Deus, os evangélicos pediam às redes Wal-Mart e Pricemart para fornecer comida às famílias afetadas por Ortega mediante pagamento contra entrega. O tempo passa e a elite absolutista aprende e refina seus procedimentos. Hoje uma foto como esta seria impossível em pontos como na Praça dos 3 Poderes ou em frente a quartéis e instalações militares. Nas ditaduras tudo começa assim.
1.4- Alimentando a treta: agora é o PIX
O Laranjão e Sua Nulidade por vezes têm comportamentos semelhantes como agora. Depois de tretarem com a família do Biroliro, X, Rumble, tarifaço, STF, Irã, Filipe Martins, moeda internacional, Brics, vistos, Lei Magnitsky, Alan dos Santos, Paulo Figueiredo, etc, faltava algo personalíssimo e no sorvete colorê o escolhido foi você, PIX. Para relembrar, o PIX é uma invenção brazuka dos técnicos do Banco Central que foi produzida durante a curtíssima era Temer, mas que tomou forma e passou a ser utilizada na conflitante era Bolsonaro, cá pra nós, um engenhoso processo de pagamentos entre empresas, bancos e pessoas comuns que mudou o relacionamento financeiro do Brasil. Ocorre que o Laranjão está de olho em qualquer coisa que tenha apenas 4 dedos na mão esquerda e quer investigar essa coisa de PIX que atrapalha a vida dos cartões de crédito de bandeiras americanas. Essa é só mais uma treta e que vai longe.
1.5- Chegou a hora da onça beber água
Confesso que na falta das notícias relevantes releguei muitos dos importantes "rilises" sobre várias entregas de máquinas e equipamentos, reparo de mesas e cadeiras, projeto para ampliar a área de atuação em comunidades carentes, recapeamento de ruas, et, etc, etc. Foquei na campanha contra as queimadas que deixam o mundo e não apenas Rondônia em alerta face a quantidade de vezes em que o reclame é veiculado e claro dei uma espiada na Expoari com todas as novidades que não vi no ano passado. Mas o que me intriga mesmo porque ainda não não há resposta é sobre quem será o próximo governador na hora em que o atual governador se desincompatibilizar para concorrer ao cargo de senador. E mais, quem será o novo Chefe da Casa Civil. O atual ou o anterior? Por enquanto fico com estas dúvidas. Depois penso no resto. Vixi...
1.6- Fim de papo
Que coisa... Piada brazuka: o secretário do Comércio dos EUA quer adiamento do tarifaço para não ter de falar de novo com Alckmin por 1 hora. Que coisa...
Léo Ladeia