Colunas | Roberto Ravagnani

Sim, os voluntários vão levantar o RS

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Não se trata de uma provocação ou qualquer outra coisa, mas sim de uma confirmação.

Com todos os pesares de ver a guerra que está acontecendo sobre uma tragédia, temos que mirar no positivo. Um professor disse, quando perguntei sobre como fazer para manter o nível de concentração e entusiasmo quando ministro uma palestra, ele prontamente respondeu: mire seu olhar para aquele que concorda com tudo que você está falando.

Portanto nossa mira está no resultado que estamos vendo do trabalho dos voluntários e doadores fazendo os resgastes de pessoas e animais e entregando doações das mais variadas para todos aqueles que precisam neste momento.

Existem voluntários hoje fazendo segurança de casas e locais de abrigo, para impedir os saques, roubos e violência que estão acontecendo em uma escala gigantesca. Isto ouvi diretamente de pessoas que estão como vítimas da tragédia.

Sim são os voluntários que levantaram o RS, pois tenho asco de pensar nas pessoas, que vendo e sentindo esta tragédia estão preocupadas somente em tirar algum tipo de vantagem, principalmente financeira, do caos. Tenho asco em ver as atitudes de muitos em querer dar prioridades, enquanto naquele momento todos são iguais, passam pelas mesmas tormentas. Tenho asco em ver brasileiros desdenhando do sofrimento e dos voluntários.

Este país é nosso, foi construído com o suor de muitos voluntários, sim existe um legado voluntário ainda não apresentado a vocês, mas que deixa esta sociedade orgulhosa dele. Os voluntários em todo o país estão neste exato momento deixando seu conforto para ajudar alguém ou alguma situação.

O voluntário faz a diferença em muitas situações. Por isso precisamos reconhecê-lo, valorizá-lo, capacitá-lo, estimulá-lo para que continuem e façam muito mais. Juntos podemos e faremos mais. Mas temos que estar juntos, unidos por um ideal, o ideal da solidariedade, da irmandade e do sentimento e a certeza mais forte que os únicos que estão por nós, somos nós mesmos.

Apesar de termos um dos impostos mais caros do mundo, nossos representantes não nos representam de verdade e por isso temos que lançar mão de nosso papel que vem dos tempos idos, da verdadeira irmandade, quando um ser humano se preocupa e cuida do outro sem nenhum tipo de interesse, somente de ver o outro bem.

Obrigado a cada voluntário que está ou esteve no Rio Grande do Sul, que voltará muito em breve a ser maior ainda do que já foi em um passado muito próximo. Força gauchada querida. Que Deus esteja com vocês.


Roberto Ravagnani

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