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Voluntariado como estratégia de governo

Confira a coluna


Pode parecer um pouco juntar voluntariado com governo, mas faz todo sentido quando falamos de inclusão da sociedade na governança das cidades.

As pessoas vivem nas cidades e nelas temos a maior proximidade com o poder público e neste contexto temos como exercer nossa cidadania em grau máximo.

Cabe uma análise da palavra cidadão, que tem sua origem na Grécia antiga e tem sua definição como a pessoa que cuida da cidade.

Portanto nada mais cidadão do que exercer o voluntariado para a comunidade onde está cotidianamente e sendo uma dessas possibilidades a atuação nos próprios da municipalidade.

Cabe aqui outra explicação, é previsto na lei do voluntariado Lei 9608/98, a ação de voluntariado junto ao poder público em todas as instancias e isto os governantes, ou por desconhecimento ou por falta de vontade política ou por falta de transparência, tem ofertado de forma rara, estas possibilidades para a população.

É importante pontuar que as atividades que podem ser exercidas, devem estar amparadas na lei citada e devem ser em áreas específicas, como a saúde, esportes, cultura, assistência social, emergências climáticas, meio ambiente, entre outras correlatas.

Sendo assim possível ampliar o atendimento à população com a implementação de programas efetivos, construídos dentro de parâmetros legais e com gestão profissionalizada, para não criar situações de riscos jurídicos para o poder público ou para os prestadores de serviços voluntários. Esses serviços ainda servirão de estímulo para outros cidadãos e para organizações da sociedade civil para a expansão dos serviços voluntários oferecidos.

Portanto quando se integra o trabalho voluntário aos serviços públicos, como uma oferta de serviço e de desenvolvimento pessoal e social, o poder público tem somente a ganhar com este processo.

Ganha em participação cidadã, em transparência, ser parte das soluções, sentimento de pertencimento, proximidade com a comunidade, fortalecimento da cidadania, desenvolvimento das pessoas, entre outros.

Portanto, inteligente e estratégico o governante que inserir o trabalho voluntário como uma ferramenta para a participação da sociedade em seu plano de gestão.


Roberto Ravagnani

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