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Quanto mais revejo, mais gosto de "Era uma vez em Hollywood"

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"Era uma vez...em Hollywood", estrelado por Leonardo DiCaprio, Brad Pitt, Margot Robbie, Kurt Russell, Al Pacino e outros, o nono longa metragem de Quentin Tarantino, é uma miscelânea de todas as preferências cinematográficas do diretor de "Cães de aluguel" e "Tempo de violência".

Aliás, referências cinematográficas não faltam e a cada cena ou diálogo, saltam no colo do espectador a cada minuto da projeção, e não apenas sobre cinema, mas cita inúmeras séries televisivas dos anos 1960, como "Terra de gigantes", "FBI", "Mannix". As referências também são visuais, por exemplo, em determinada cena vemos um ônibus ou um treiler com o cartaz da série "Combate".

A história começa em agosto de 1969 e ao longo dos 167 minutos de projeção, somos brindados com cenas cuidadosamente escritas, algumas são típicas de Tarantino. A briga de Pitt, que interpreta o dublê Cliff Booth do personagem do DiCaprio, Rick Dalton, com ninguém menos que Bruce Lee, caracterizado como Kato, personagem da série "Besouro Verde", estrelada por Van Williams.


Outra cena mostra DiCaprio inserido numa cena da clássica aventura de guerra "Fugindo do inferno", de John Sturges, no lugar do astro que realmente atuou no filme, Steve Macqueen, aliás, em Era uma vez...Damien Lewis interpreta MacQueen, que aparece numa festa onde estão Sharon Tate (Robie) e Roman Polanski, o diretor de "O bebê de Rosemary" e "Chinatwon". Na vida real, Tate e mais três amigos foram assassinados por fanáticos a mando do psicopata Charles Manson.

Há também muitas referências aos próprios filmes de Tarantino. Kurt Russell faz o chefe dos dublês da série Lancer e lembra o personagem que ele interpretou em "À prova de morte", um dublê psicopata que usa um carro especialmente preparado e persegue e mata pessoas nas estradas.

Quando Pitt e DiCaprio retornam da Itália, eles passam por uma esteira no aeroporto, Pam Grier, em "Jack Brown" passa no mesmo local. O carro azul dirigido por Brad Pitt, é o mesmo que Uma Thurman dirige em "Kill Bill 2". Na sequência em que DiCaprio conversa com Al Pacino, ele conta que na noite anterior assistiu dois filmes estrelados pelo ator. Na cena mostrada, DiCaprio usando um lança chamas para matar seis nazistas, remete a "Bastardos inglórios".

Os longos diálogos, a ironia e o humor negro, violência - até pouca em se tratando de um filme de Tarantino, personagens marcantes, referências, homenagens, ou seja, "Era uma vez...em Hollywood" tem todos os ingredientes típicos dos filmes do cineasta, que entrega ao público um verdadeiro oasis cinematográfico. Entrega um filme com reconstituição de época impecável, trilha sonora sensacional com sucessos da época, elenco afiado, direção inspirada e roteiro com o toque que apenas Tarantino.

O filme ganhou dois Oscars. Melhor roteiro original e melhor ator coadjuvante para Brad Pitt. Duas premiações merecidas. Por tudo isso, é que quanto mais assisto a "Era uma vez em Hollywood", mais gosto do filme.

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