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O aumento das queimadas e a queda no ritmo da devastação não são dados contraditórios

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El Niño e La Pátria

O aumento das queimadas e a queda no ritmo da devastação florestal não são dados contraditórios nem se excluem. São informações de dois enfoques diferentes e fazem parte de um painel bem maior - uma sopa de situações que compõem apenas pequena parte da realidade mundial, pressionada por necessidades de consumo que levam à exploração intensa dos recursos naturais e por uma furiosa batalha entre apocalípticos e negacionistas.

Parte importante da sopa de eventos climáticos extremos, o fenômeno El Niño não é causado na (ou pela) nossa floresta tropical nem no Brasil: é a expressão de condições atmosféricas alteradas pela temperatura no Oceano Pacífico, quando suas águas na região equatorial aquecem ao redor de 0,5°C por semanas, formando um ciclo que se encerra quando as águas esfriam e La Niña entra em cena em seu lugar.

Mesmo que neste momento todos os criminosos ambientais amazônicos fossem presos e seus malfeitos revertidos os problemas mundiais de piora do clima poderiam até ser parcialmente reduzidos, mas não evitados. Os crimes ambientais e a destruição da biodiversidade amazônica devem ser combatidos para desenvolver o Brasil e enriquecer seus povos, pois queimadas, devastação, envenenamento das águas e adoecimentos dos amazônidas são crimes contra a Pátria. O problema do clima é mundial. O atraso e a pobreza do Brasil são problemas nossos.

A concorrência

 As convenções partidárias realizadas no sábado tiveram a concorrência da Marcha para Jesus, prestigiado evento dos evangélicos realizado anualmente. A maior concentração foi defronte à Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Muitos políticos estiveram presentes para tirar uma casquinha. O PP rondoniense abraçou a candidatura de Mariana Carvalho (UB), mas o expoente do partido Ivo Cassol se esquivou de participar das convenções na capital.

Primeiro pelotão

Inegavelmente, está formado um primeiro pelotão na disputa em nossa capital, formada pelos ex-deputados Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos). Se constata que existe esta polarização desde o anuncio da candidatura de Leo Moraes, o último candidato lançado. Cabe aos outros postulantes, como Mana Euma Tourinho (MDB), Celio Lopes (Frente Rondônia Democrática), Vinicius Miguel (PSB), Samuel Costa (Rede) e Ricardo Frota (Novo) quebrarem esta polarizado durante a campanha para conseguirem vaga num previsível segundo turno. No caso de Vinicius Miguel, fala-se nos bastidores que pode até desistir e reforçar o candidato da Frente Democrática Célio Lopes, ampliando as chances do pedetista de alcançar o segundo turno

Nosso eleitorado

Porto Velho, mesmo com o fantástico êxodo de moradores nos últimos dois anos, mantém quase um terço do eleitorado de Rondônia. São cerca de 362 mil eleitores. Isto representa todo o eleitorado dos principais polos regionais do estado, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Vilhena e Rolim de Moura. Se tratando de Porto Velho a grande maioria dos eleitores está concentrada na populosa Zona Leste que conta com muito mais eleitores do que a Zona Sul (região do Grande Eldorado) e Zona central, onde estão fixados bairros tradicionais, como Caiari, Olaria, Liberdade, São Cristóvão, Areal, Arigolândia, Pedrinhas Nossa Senhora das Graças e Mato Grosso..

Via Direta

*** O caso da licitação do lixão envolvendo R$ 2 bilhões de reais em Porto Velho ainda vai dar muito pano para manga. O Tribunal de Contas do Estado-TCE que vetou o acordo citando irregularidades espera canelar tudo. *** Lembrando que o prefeito Hildon Chaves teve o aval dos vereadores para firmar o convênio e aposta na regularidade da licitação perante a justiça para se safar de multas e eventuais penalidades *** Em Ji-Paraná, onde não tem segundo turno, o atual preito Esaú Fonseca é beneficiado pelo racha da oposição *** Mesmo assim o deputado estadual Afonso Cândido já está de asas crescidas e aposta no voto útil para levar a melhor no pleito de outubro.

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