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Março Lilás: Desafios e Estratégias na Prevenção do Câncer de Colo de Útero

INCA indicam que mais de 51 mil mulheres podem ser afetadas até 2026


O Estado de Rondônia está na luta contra o câncer de colo de útero e ganha destaque no cenário do Março Lilás. Esta campanha destaca uma triste realidade: o câncer do colo do útero é a terceira maior causa de mortes prematuras entre as mulheres brasileiras, e até 2026, Rondônia deve registrar mais 300 novos casos, de acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA).

A última Pesquisa Nacional de Saúde revelou uma dimensão preocupante da problemática: a taxa de rastreamento do câncer do colo de útero é inferior em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras. Esse dado enfatiza a importância de enfrentar as disparidades no acesso à prevenção e ao diagnóstico, delineando um cenário desafiador, mas não insuperável.

No contexto do mês dedicado aos direitos das mulheres, o Março Lilás destaca a importância do diagnóstico precoce e enfatiza a necessidade de medidas preventivas, como exames e vacinação. O câncer do colo do útero, muitas vezes causado por alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV), representa uma ameaça que, se não evoluída, pode ser controlada. No entanto, alterações celulares podem desencadear a doença, e as projeções do INCA indicam que mais de 51 mil mulheres podem ser afetadas até 2026. Identificar lesões precursoras através de exames preventivos, como o citopatológico oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde, é uma estratégia crucial para evitar a evolução para o câncer.

A vacinação contra o HPV é outra arma poderosa na prevenção. Recomendada para jovens entre 9 e 14 anos, além da população imunossuprimida, como indivíduos vivendo com HIV/aids, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos, a vacina atua diretamente na redução da incidência do vírus, abordando uma das principais causas do câncer de colo de útero.

Desde 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a meta ambiciosa de eliminar o câncer de colo de útero, classificando-o como um problema de saúde pública mundial. Essa visão global ressalta a necessidade de cooperação e ação coordenada para enfrentar esse desafio que, apesar de suas proporções, pode ser superado com estratégias eficazes.

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Dr. Luís Eduardo Werneck

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