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Um guia de turismo que presenciou a morte do gaúcho Jorge Alex Duarte, de 54 anos, nas escadarias do Complexo do Alto Corcovado, afirmou que apenas um dos três elevadores estava em funcionamento no momento do acidente. Segundo a testemunha, as longas filas levaram muitos visitantes a optar pela escada.
"Nesse dia, só tinha um dos três elevadores funcionando. Essa família viu que a fila do único elevador estava imensa e resolveu ir pela escada. Estava sendo celebrada uma oração nesse momento e eles estavam subindo. Foi quando a menina gritou e eu virei para olhar. Já vi (ele) caindo e batendo de cabeça. Corri e chamei o segurança. Ele [Jorge] já tinha subido uns 70% dos acessos às escadas, faltava bem pouco para chegar", afirmou Joel Costa, de 39 anos, ao DIA.
A Delegacia do Consumidor (Decon) investiga as circunstâncias da morte. Os agentes apuram se houve crimes contra as relações de consumo e omissão de socorro, fatores que podem ter contribuído para a morte da vítima.
Oito representantes das empresas responsáveis pela gestão do local foram intimados a prestar depoimento a partir de sexta-feira (21). A investigação analisa denúncias sobre falhas no atendimento do posto de saúde da área, além de problemas de infraestrutura e acessibilidade.
Procurada, a empresa Trem do Corcovado afirmou que todos os elevadores estavam funcionando no momento do acidente. Eles acrescentaram ainda que não são responsáveis pela estrutura no Alto do Corcovado.
A reportagem do site entrou em contato com o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICM-Bio), mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
Visitação é retomada
A visitação ao Cristo Redentor foi retomada na manhã desta terça-feira (18), após uma vistoria da Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor e do Procon-RJ. Os acessos à atração haviam sido interditados na segunda-feira (17). Após a reabertura, por volta das 8h, turistas e cariocas voltaram a lotar a atração.
O dia