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Moraes manda Google informar quem publicou "minuta do golpe" na internet

Pedido foi feito pela defesa de Anderson Torres e acolhido pelo ministro Alexandre de Moraes


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Moraes manda Google informar quem publicou "minuta do golpe" na internet

Reuters

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a empresa Google Brasil informe, em 48 horas, os dados do responsável por inserir a chamada "minuta do golpe" na internet. A decisão foi tomada nesta terça-feira (17) no âmbito da ação penal da trama golpista.

O pedido de informações foi feito pela defesa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança pública do DF.

Na solicitação, os advogados alegam que é necessária uma perícia para constatar se a minuta encontrada na casa de Torres é a mesma que circulava no Google. Assim, ele saberá se era ou não responsável pelo documento.

O pedido faz parte dos requerimentos e diligências complementares dada dos réus do núcleo crucial apresentarem no prazo de cinco dias, encerrado na segunda-feira (16), ao STF.

"A toda evidência, se os órgãos de persecução penal, até os dias de hoje, continuam tolerando a circulação da minuta na órbita virtual, é porque sabem que ela não possui qualquer valor jurídico", justificaram os advogados ao ministro, que deferiu o pedido complementar.

A CNN procurou o Google, que informou que não vai se manifestar sobre o assunto.

A defesa de Torres ainda pediu que uma perícia audiovisual para comparar com trechos do relatório da Polícia Federal sobre a fala de Anderson Torres na live realizada em 29 de julho de 2021, quando foi realizada a apresentação de possíveis falhas nas urnas eletrônicas.

Outros pedidos deferidos por Moraes

O ministro Alexandre de Moraes também autorizou a realização de duas acareações. Uma entre o ex-ministro Anderson Torres e o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, e outra entre Mauro Cid e Braga Netto.

O procedimento consiste em colocar as duas partes frente a frente para prestarem esclarecimentos sobre contradições apresentadas durante os depoimentos.

O pedido do ex-chefe da Marinha, almirante Almir Garnier para oficiar o Comando de Operações Navais da Marinha para informar a data da Operação Formosa 2021, no prazo 48h, também foi acolhido pelo ministro.

Pedidos negados

Moraes ainda decidiu negar o pedido para prorrogação do prazo para análise das mídias que constam nos autos. Os requerimentos foram pedidos pelas defesas de Cid, Augusto Heleno e Braga Netto.

O ministro negou um pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para anular a delação do tenente-coronel Mauro Cid e dar acesso a provas de outros processos. Assim como deu uma negativa para suspender a ação penal, pedido da defesa de Braga Netto.

cnnbrasil

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