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"O Brasil não aguenta mais o Lula", diz Tarcísio em evento de banco

Governador de SP participou de evento do banco BTG Pactual ao lado dos também presidenciáveis Ratinho Jr., Ronaldo Caiado e Eduardo Leite


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“O Brasil não aguenta mais o Lula”, diz Tarcísio em evento de banco

Governo de SP

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta quarta-feira (13/8), em evento realizado pelo banco BTG Pactual, que o "Brasil não aguenta mais o Lula" e que ele e outros governadores de direita possuem o "receituário" para resolver o problema fiscal e também "moral" no país.

Tarcísio participou, na capital paulista, do evento AgroForum, ao lado dos governadores do Paraná, Ratinho Jr. (PSD); de Goiás, Ronaldo Caiado (União); e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), todos considerados presidenciáveis. Em suas falas, os políticos se definiram como uma "nova safra" e fizeram inúmeras críticas ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Estamos há 40 anos discutindo a mesma pessoa e estamos perdendo alguns bondes. O bonde da transição energética, da biotecnologia e da economia do conhecimento. O mundo está de portas abertas para o Brasil e a gente andando em uma ciranda, discutindo picuinha. O Brasil não aguenta mais excesso de gasto, aumento de imposto e corrupção. O Brasil não aguenta mais o PT, o Brasil não aguenta mais o Lula", disse Tarcísio. A fala foi recebida por aplausos da plateia e dos outros governadores.

Assim como seus pares, Tarcísio listou feitos de sua gestão, como a privatização da Sabesp, a PEC que desvinculou receitas da Educação e a diminuição de usuários de drogas na Cracolândia. O chefe do Palácio dos Bandeirantes ainda enfatizou as políticas adotadas para, segundo ele, reduzir os gastos públicos e aumentar os investimentos.

"Se a gente perguntar aqui qual é a receita fiscal para o Brasil, a gente tem. A reforma orçamentária, a desindexação, a reforma de benefícios. Sabemos exatamente o que tem que ser feito, não é difícil saber, o receituário está posto na mesa. Tem uma crise maior, que é a crise moral. E aqui a gente tem o receituário também. Tem se falado dessa safra de governadores, e temos uma excelente safra. Não precisamos mais da mentalidade atrasada", disse Tarcísio.

Discursos mirando 2026

Embora o tema do encontro tenha sido o agronegócio, os governadores centraram seus discursos na disputa eleitoral do ano que vem. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), afirmou que o representante do grupo que eventualmente chegar à Presidência da República vai "colocar o país para cima".

"Vocês vão se sentir orgulhosos de ter um presidente da República desse quilate. Não vamos decepcioná-los, não vamos desonrar o voto de vocês. Vamos fazer o que sabemos fazer, que é governar. Não estamos na teoria, mostramos nos estados que damos conta de fazer. Agora, vai depender da votação popular. Tenho certeza de que, no segundo turno, aquele que chegar vai para o abraço, porque nós vamos ganhar", disse o governador goiano.

Em outro momento, Caiado chegou a classificar Lula como "um anão na política", afirmando que o petista não tem plano de governo e que "arrumou briga com Trump" por questões ideológicas.

Ratinho Jr. - que, ao lado de Eduardo Leite, é pré-candidato à Presidência da República pelo PSD - disse que é preciso "alguém normal" para resolver os problemas do Brasil.

"É tanta loucura, é só ter alguém normal. Que saiba sentar, montar uma boa equipe, relacionar-se com os Poderes e tratar as coisas sérias de forma séria. Não é comendo jabuticaba e fazendo ‘videozinho’ que vai resolver os problemas do Brasil", afirmou, em referência a um vídeo gravado por Lula em que o presidente aparece comendo jabuticaba enquanto responde ao tarifaço dos EUA sobre produtos brasileiros.

Eduardo Leite, por sua vez, pregou renovação nos quadros da política brasileira, colocando-se como parte da "nova safra".

"Vamos ter uma eleição no ano que vem em que, se o Lula for candidato, em 10 eleições desde a redemocratização, em sete ele terá sido candidato. Teria sido em oito se pudesse ter concorrido em 2018. O país precisa virar essa página para uma nova geração e aqui tem uma parte dessa nova geração", disse.


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