Padre é denunciado por abusar de jovem durante oração
Divulgação/Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes
Um padre foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MPPR) por abusar de uma jovem de 20 anos dentro de uma igreja na Ilha dos Valadares, em Paranaguá, no litoral do estado. O crime aconteceu 11 de fevereiro de 2022, mas a ação penal foi recebida pelo Judiciário na segunda-feira (20/10), três anos depois.
De acordo com apurações do caso, o líder religioso, identificado como Binu Joseph Chollackal (foto em destaque), que tem nacionalidade indiana e tinha 43 anos na época do crime — atualmente 47, aproveitava do respeito e confiança que possuía entre os fiéis para cometer os abusos.
A importunação contra a jovem ocorreu durante um momento de oração, ocasião em que o padre atuava para que os pais da vítima não se percebessem o abuso praticado. Durante a missa, ele teria orientado os fiéis a fecharem os olhos e, posteriormente, tocou a vítima de maneira inapropriada.
Além das punições estabelecidas pela lei penal, o MP-PR solicita que o padre indenize a mulher vítima do abuso em pelo menos R$ 20.000.
A vítima está recebendo o suporte e a assistência psicossocial apropriados. O denunciado, por sua vez, responde ao processo em liberdade, embora já tenha sido excluído da Igreja Católica.
Chollackal é indiano, mas se tornou cidadão brasileiro, portanto, todo o procedimento será realizado no Brasil.
Igreja afasta padre acusado
Por meio de nota nas redes sociais, a igreja Cúria Diocesana de Paranaguá comunicou na noite de terça-feira (21/10) que lamenta o caso, e que instaurará um procedimento para investigar o denunciado. O bispo de município, Dom Paulo, informou que Binu Joseph Chollackal foi suspenso cautelarmente de suas funções ministeriais.
"Simultaneamente, foram iniciadas as providências internas de apuração dos fatos, conforme o Motu Proprio Vos estis lux mundi (Papa Francisco, 2019; atualizado em 2023), que estabelece o dever de investigar com rigor denúncias de abusos cometidos por clérigos e assegurar a proteção das pessoas envolvidas", diz um trecho da nota.
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