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Morreu na quinta-feira (25/12), aos 77 anos, Claudio Mortari, um dos maiores treinadores da história do basquete brasileiro. O falecimento foi confirmado nesta sexta-feira (26). Nascido em São Paulo, no dia 15 de março de 1948, Mortari construiu uma trajetória marcada por títulos, pioneirismo e forte influência no desenvolvimento da modalidade no país.
A relação com o basquete começou ainda na infância. Aos 11 anos, ingressou nas categorias de base do Palmeiras, clube onde atuou como jogador até os 25 anos. Após encerrar a carreira como atleta, iniciou o trabalho como treinador nas categorias de formação do próprio Palmeiras, destacando-se rapidamente pelos resultados e pela formação de talentos.

Em 1976, assumiu a equipe adulta do Palmeiras e, no ano seguinte, conquistou o Campeonato Brasileiro de 1977. O título projetou seu nome nacionalmente e abriu caminho para sua chegada ao Esporte Clube Sírio, onde viveu o período mais vitorioso da carreira.
Sob seu comando, o Sírio se tornou uma potência continental, com conquistas sul-americanas consecutivas. Em 1979, Mortari alcançou o feito histórico de levar o clube à conquista da Copa Intercontinental da FIBA, o primeiro título mundial interclubes de um time brasileiro no basquete.
Ao longo da carreira, Claudio Mortari somou cinco títulos brasileiros como técnico, além de conquistas estaduais, sul-americanas e internacionais. Também comandou a seleção brasileira masculina nos Jogos Olímpicos de Moscou, em 1980, encerrando a competição na quinta colocação.
Com uma trajetória marcada pela longevidade, dirigiu clubes como São Paulo, Pinheiros, Corinthians, Rio Claro, Mogi, Flamengo e Paulistano. Em 2013, conquistou a Liga das Américas com o Pinheiros. Seu último trabalho como treinador foi no São Paulo, onde estruturou o projeto do basquete masculino e conquistou o Campeonato Paulista de 2021, o primeiro título estadual da história do clube.
Claudio Mortari deixa um legado consolidado na formação de atletas e na evolução técnica e tática do basquete brasileiro. Sua morte encerra um capítulo importante do esporte nacional, enquanto sua trajetória permanece como referência histórica.
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