Resiliência econômica: desemprego em baixa e potencialidades emergentes

A recente divulgação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) referentes ao segundo trimestre de 2023 reafirmou o status invejável de Rondônia como o estado brasileiro com a menor taxa de desemprego do país. Com uma taxa de desocupação de apenas 2,4% da força de trabalho, o estado se destaca por sua resiliência econômica em meio a um cenário nacional de desafios. Esta conquista, no entanto, não deve ser apenas celebrada, mas sim analisada sob uma perspectiva mais ampla para compreender as implicações positivas para a economia regional. 

A trajetória de Rondônia como líder em empregabilidade é notável. Mesmo no primeiro trimestre do ano, o estado já ocupava essa posição destacada. E, surpreendentemente, essa tendência positiva foi ampliada nos três meses subsequentes, com uma queda significativa na taxa de desocupação. Em um ambiente econômico marcado por incertezas, a capacidade de manter e melhorar essa taxa é um testemunho do compromisso de Rondônia com o crescimento sustentável.

Contudo, é importante destacar que, apesar da taxa de desemprego baixa, uma considerável parcela dos trabalhadores do estado permanece na informalidade, sem vínculos empregatícios formais. Essa dualidade desafia o estado a não se contentar apenas com os números impressionantes, mas a se empenhar em promover um ambiente econômico que não só forneça empregos, mas também garanta dignidade e segurança aos trabalhadores informais.

A baixa taxa de desemprego em Rondônia não é apenas uma mera estatística. Ela é reflexo de uma economia que está enraizada em setores diversificados e em expansão. O estado tem aproveitado seus recursos naturais e investido em infraestrutura, atraindo investimentos que impulsionam diversos setores, desde a agroindústria até a tecnologia. A posição privilegiada de Rondônia como um corredor logístico na Região Norte contribui para sua resiliência econômica.

Além disso, a baixa taxa de desemprego está intimamente ligada à qualidade de vida da população local. A estabilidade econômica não apenas fornece meios de subsistência, mas também gera um círculo virtuoso de prosperidade que se reflete em áreas como educação, saúde e desenvolvimento social. A confiança gerada por essa estabilidade econômica incentiva investimentos, fomentando ainda mais o crescimento regional.

O desafio que se apresenta a Rondônia agora é transformar a baixa taxa de desemprego em uma oportunidade para reduzir a informalidade e fortalecer a segurança no mercado de trabalho. Medidas como o estímulo ao empreendedorismo formal, investimentos em capacitação profissional e a criação de políticas de apoio aos trabalhadores informais podem colaborar para a construção de um ambiente econômico mais equitativo.

Diário da Amazônia