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"A que ponto Porto Velho chegou. As facções riminosas tomaram conta da capital rondoniense de uma vez"

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Queimando dinheiro

A BBC publicou em dezembro interessante reportagem apresentando a trajetória de evolução pessoal e empresarial de Roberto Brito, um amazônida que passou de predador da floresta, no embalo egoísta de ganhar sem pensar nas consequências, a defensor da biodiversidade e de ganhar mais com ações positivas de benefício coletivo. Obviamente não há mal nem vergonha no ofício madeireiro, pois se trata de matéria-prima importante, desde que atendendo às leis e práticas conservacionistas. Acima das palavras do moralismo ambientalista estão os números: uma conta que ganha em reais e muito mais em futuro. Uma árvore com 300 a 400 anos, derrubada e trabalhada por três a quatro dias, rendia à família cerca de 700 a 800 reais, enquanto hoje, dedicado ao turismo, ganha mais que isso apenas levando um grupo turistas para uma caminhada na floresta, consciente, saudável e vantajosa para todos, sem despertar a ira de ninguém. É bom aproveitar o exemplo animador de Brito para propor um ações igualmente edificante e multiplicador de sua atitude. Trata-se de não ficar só berrando contra o desmatamento e as queimadas ou desperdiçando recursos do Estado para vigiar e punir infratores, mas de criar modelos positivos que rendam mais que as práticas ultrapassadas de exploração da biodiversidade da floresta. Como ninguém queima nota de R$ 200, havendo opções melhores só loucos continuarão nas más práticas.

Tocando o terror

A que ponto Porto Velho chegou. As facções criminosas tomaram conta da capital rondoniense de uma vez com assassinatos de PMS e incêndios em ônibus, como ocorre em outras capitais. Com escritórios do crime organizado montados nos grandes conjuntos habitacionais, como Orgulho do Madeira e Morar Melhor — e pelo menos mais dois conjuntos expressivos — os criminosos estão armados até os dentes e desafiam as autoridades de segurança. O narcotráfico mostra sua cara, todo seu poderio e reage as ações das autoridades de segurança que tardiamente entraram em campo para conter uma situação que vem se agravando ano a ano em Rondônia.

Nova estiagem

Com ameaça de uma nova estiagem em 2025 na região amazônica, entidades, comerciantes e a defesa civil dos estados da região Norte começam a se preparar. É o caso das pequenas localidades ribeirinhas amazonenses e paraenses que dependem do transporte de mercadorias nos rios que acabam ficando secos na estiagem não permitido o trafego das embarcações. O inverno amazônico, que é o nosso período das chuvas, chegou auge agora e deve se prolongar até o final de abril quando o chamado verão entra em cena. Em 2024 Rondônia assistiu a seca do século e existem previsões de uma nova estiagem brava para 2025.

Ajustando a equipe

O prefeito Leo Moraes ainda ajustando a equipe, e com projetos já em andamento nestes primeiros 100 dias de gestão, o novo alcaide se espicha para todo lado, priorizando o combate as alagações e normalizando a situação dos postos de saúde onde faltava até medicamentos essenciais. A transparência e inovações tem sido marcos inicias da gestão.

Alguns desgastes

Mas alguns desgastes iniciais são constatados na sua gestão. O primeiro deles, inevitável, com as tempestades que alagaram novamente muitos bairros da cidade e a chiadeira foi grande. Algo que não se resolve numa única gestão, vão umas quatro boas gestões para que se resolva, já que os prefeitos não têm como controlar o período das chuvas. Outro desgaste é decorrente da estruturação do seu corpo de secretários e isto acontece com todos os prefeitos. Não tem como atender todo mundo aliado e muitos daqueles que ficam de fora da gestão passam a virar opositores.

Só pensa naquilo!

Na esfera estadual, o governador Marcos Rocha (União Brasil), só pensa naquilo, a partir de agora: sua eleição ao Senado e sê possível elegendo sua esposa, Luana Rocha, a primeira dama à deputada federal e o mano Sandro Rocha a Assembleia Legislativa. Para tanto já espicha programas populares, como a de refeições populares estendido aos municípios do interior, bem como um programa de moradias com preços mais acessíveis a população. Com pagamento em dia dos servidores, fornecedores e mais ações populistas e fala macia, meiga de bico doce, Rocha vai se garantindo.

Também senadores

Assim como outros governadores que também foram senadores, casos de Valdir Raupp, Ivo Cassol e Confúcio Moura - além de José Bianco que antes de governador foi senador - Marcos Rocha vai montando seu clã político. Lembrando que Raupp foi bem-sucedido em eleger sua esposa Marinha a Câmara dos Deputados, sendo bom na transferência de votos, já Ivo Cassol não obteve sucesso na eleição da esposa Ivone ao Senado, e Confúcio também não elegeu uma mana à Câmara dos Deputados. Ivo e Confúcio foram pés frios com os familiares em eleições.

Via Direta

*** As viroses infestam neste início do ano em Rio Branco, a capital do Acre, e em Porto Velho, a capital rondoniense. São muitos casos ainda de gripes e até de Covid preocupando as autoridades sanitárias *** A deputada estadual Claudia de Jesus, com atuação em todo o estado, é a esperança dos petistas de ser uma puxadora de votos, para ampliar a bancada Lulopetista nas eleições de 2026 *** A representante tem base eleitoral em Ji-Paraná onde também já foi vereadora *** O bolsonarismo rachou de uma vez e preocupa as lideranças conservadoras para a disputa do ano que vem *** Com Jair Bolsonaro inelegível, vários governadores, como Tarcísio de Freitas (SP) ícones da direita como Pablo Marçal e até cantores populares como Gustavo Lima entraram no páreo.

Carlos Sperança

Qual sua maior preocupação em relação à seca no rio Madeira nos próximos meses?

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