Diário da Amazônia

O ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, deixou a carreira política e se dedicará a um novo desafio

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Não é novidade

O escritor paraense Nicodemos Sena causou surpresa ao lançar no Sul o livro "Lá seremos felizes", considerado um romance com a virtude mágica de abalar mitos e dissolver estereótipos amazônicos. Quem estuda a Amazônia, ainda que por alto, não tem como deixar de esbarrar em Sena, por seu reiterado e persistente foco na região e sobretudo em seu povo.

Unindo formação em jornalismo e direito a uma vivência entre índios e caboclos, Sena se lançou com força na literatura brasileira com "A espera do nunca mais", em 1999. Se até o fim do século XX ainda era temerário afirmar que a Amazônia tinha uma literatura sua como a Colômbia tem Gabriel García Márquez e a Argentina tem Cortázar e Borges, pode-se afirmar com segurança que desde essa época foi possível valorizar o melhor que a antecedeu, como o Clube da Madrugada e uma profusão de obras com temáticas amazônicas.

Se ainda existem mitos e estereótipos teimosos sobre a Amazônia, isso não se deve à sua bela e crescente literatura, mas às tais "narrativas" que a serviço de medíocres interesses de seitas dividem forças. Unidas elas poderiam atuar positivamente para dar fim à injustificada pobreza que persiste na região e, base dessa tarefa, aproveitar objetivamente a biodiversidade amazônica em benefício dos amazônidas e do Brasil em geral. É o que nossa literatura vem sistematicamente sugerindo.

Só vendo!

Anunciada pela enésima vez a reforma e ampliação do estádio Aluízio Ferreira em Porto Velho, acanhado para atender as necessidades de uma capital, com quase 600 mil habitantes. Cidades muito menores tem praças esportivas mais decentes, como Rio Branco. Como vários governadores anunciaram e não cumpriram esta ampliação, só acredito, vendo. Mas a Sejucel já está anunciando o início das obras. O problema é que as equipes da capital que disputam o campeonato rondoniense vão ficar órfãos. Não existem opções para as partidas oficiais e não se ajustaram outros campos para os embates acontecerem.

Questão fundiária

Um clima de desespero envolvendo os produtores rurais em virtude da falta da regularização fundiária das propriedades onde as famílias vivem até 40 anos, foi relatado pela deputada estadual Dra. Taissa (Guajará Mirim) na Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do estado. Ela cobra mais atenção as esferas estaduais e federais para que a questão fundiária seja priorizada e agilizada no estado já que milhares de famílias ainda se ressentem das incertezas sobre o futuro padecendo também com a falta de financiamentos por conta da não titulação das terras.

Novo desafio

O ex-prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho, deixou a carreira política e vai se dedicar agora a um novo desafio: de comunicador. Sobrinho, que é professor, psicólogo fez história como prefeito, se elegendo e se reelegendo. Sem disputar os últimos pleitos agora terá um programa na TV Cultura intitulado "Na bancada", tratando de assuntos cotidianos de Rondônia. Mais um concorrente para os reis da latinha, Arimar Sá, Leo ladeira, Valdemar Camata, Everton Leoni e tantos outros nomes conhecidos atuando nas emissoras de rádio e televisão rondoniense.

Catimbando o jogo

A Câmara dos Deputados está catimbando o jogo em favor dos sete deputados federais que deveriam ser substituídos por recente decisão das sobras eleitorais. Está mais fácil galinha criar dentes de que os parlamentares beneficiados assumirem seus mandatos. A própria Câmara dos Deputados pediu o adiamento das decisões no Supremo, alegando até convulsões no funcionamento da casa de leis, o que indica que não será nada fácil os suplentes assumirem. Quem deve estar festejando em Rondônia, é o deputado Lebrão, que já era considerado já carta fora do baralho. Choram os suplentes.

O impeachment

Já rolando nas comissões técnicas da Assembleia Legislativa do estado, um pedido de impeachment do secretário estadual de justiça Marcos Rito, que vivencia uma verdadeira crise no sistema penitenciário, com tantas fugas e com centenas de detentos perambulando pelas ruas, assaltando, arrombando, estuprando e traficando. Uma gestão que deixa a desejar e se tornou um calcanhar de Aquiles, para o atual governo estadual. Acredita-se que deverá ser substituído, porque o desgaste afeta muito a situação da segurança pública em Rondônia. A não ser que exista um cipoal de rabos amarrados por ali...

Via Direta

*** Manaus, Rio Branco e Porto Velho são as capitais da região Norte que mais tem constatado os problemas relacionados as mudanças climáticas *** Na região Sul do pais, é o Rio Grande do Sul o mais atingido pelos efeitos do clima, sofrendo as alternâncias de estiagens e cheias históricas, além de tempestades de granizo, tufões e clones. É coisa de louco *** Em Rondônia temos ameaça de uma nova enchente com chuvas persistentes na Bolívia *** Nos supermercados a embalagens de 1 quilo caíum para 800 gramas e até os ovos de galinha diminuíram de tamanho. De tão pequenos nas cartelas se assemelham a ovos de codorna. Onde vamos parar, caros aldeões?

Carlos Sperança

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