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Experimento na Amazônia revela impactos alarmantes da seca

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Foto: Reprodução

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Experimento crucial

Só na literatura mais fantástica e na distopia se pode imaginar a Amazônia seca, mas no ano 2000 a ciência entrou na parada: surgiu o Experimento de Seca na Floresta (Esecaflor) com o propósito de simular um futuro no qual as mudanças climáticas reduziriam de tal forma as chuvas que a paisagem hoje exuberante e de rica biodiversidade seria um fantasma do que é hoje.

Nos últimos 25 anos, o que na época parecia uma hipótese fantasiosa foi, ano após ano, apresentando crescentes sinais de perigo. Instalado na Floresta Nacional de Caxiuanã (Pará) para simular o caos ambiental que poderia sobrevir de condições agravadas de seca, o experimento é impactante, mas simples: consiste em cobrir um hectare com placas de plástico transparente que só permitem à metade da água da chuva alcançar o solo.

Para um efeito comparativo localizado, ao lado desse apocalipse simulado está um hectare perfeitamente preservado. Acima das duas porções do experimento, duas torres metálicas monitoram os terrenos e enviam dados ao Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, na Califórnia, onde são processados.

Em um quarto de século, boas e más notícias partiram da análise dos os dados colhidos. As más são muitas, pois de fato seria uma catástrofe. A boa é que no período não ocorreu a temida savanização, uma das hipóteses do apocalipse amazônico. Os catastrofistas savanistas talvez precisem alterar seu discurso.

Erro de estratégia

O vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) cometeu um grave erro de estratégia ao antecipar a corrida eleitoral rumo ao governo estadual nas eleições do ano que vem. Com esta atitude alertou os adversários e desde então os inimigos se uniram para um incansável bombardeio a ele e toda sua família. Insuflado para assumir a candidatura desde já por um grupo de deputados estaduais e sacaneado por um outro quinhão da base aliada, Gonçalves precisa de uma correção de rumos para a campanha que se avizinha. Ele vai assumir o governo em abril do ano que vem e por enquanto não tem a caneta e nem força para enfrentar este olho do furacão.

Fogaréu criado

A grande verdade é que o vice-governador Gonçalves está apagando a fogueira do lançamento antecipado da sua postulação com gasolina. Quanto mais é bombardeado, mas busca os órgãos de comunicação para entrevistas, mais comparece as inaugurações, as feiras agropecuárias para dar mais visibilidade a sua campanha. A estratégia correta neste momento seria recuar da candidatura e só se manifestar a respeito quando assumir o cargo em abril. Com a caneta na mão, mais da metade dos seus opositores vão virar pó, já que são interesseiros e se vendem de acordo com suas conveniências do momento. E são ávidos por recursos de emendas parlamentares.

Marketing falhando

O marketing político de Sérgio Carvalho está falhando na estratégia. É eficiente na preparação, dá gosto de vê-lo concedendo entrevistas, tem todos os números de Rondônia na ponta da língua, atende a imprensa com carinho, etc e tal. Mas falhou no lançamento jogando o vice na arena dos leões antecipadamente. Por enquanto deveria se ater as ações do vice-governador, ganhar folego, catimbar o jogo até assumir o CPA, já que o atual governador é candidato ao Senado deixando vaga sua cadeira. Também é preciso se ocupar de uma definição de partido, já que não tem controle do União Brasil.

A paternidade

  O Estado do Acre comemorou no final de semana 63 anos de emancipação política administrativa. Até 1981 aquele estado tutelou Rondônia, que era território federal e só então a terrinha se transformou em estado. Até os primeiros projetos de colonização de Rondônia dependia dos acreanos. E por conta desta "paternidade" toda, nossos vizinhos quiseram ficar com a Ponta do Abunã em 1986, com a mão grande, na celebre "guerra do Abunã". Uma guerra de araque, porque as tropas da PM do Acre, assim que saiu uma decisão judicial a favor de Rondônia, caíram fora de lá.

Nos bastidores

A antecipação da corrida eleitoral para o governo estadual em 2025 já movimenta os bastidores da política rondoniense com os possíveis candidatos ao Senado e ao CPA Rio Madeira já correndo trecho. Mas ainda não se sabe que é quem nas paradas. Até a candidatura do vice-governador Sergio Gonçalves está ameaçada dentro do seu próprio partido, o União Brasil. Na capital, um importante apoio, o do prefeito Leo Moraes ainda não está definido para o governo do estado. Mas sabe-se que vai apoiar o governador Marcos Rocha (União Brasil) e o deputado federal Fenando Máximo ao Senado.

Via Direta

 *** Na Câmara de Vereadores de Porto Velho, pelo menos 15 vereadores já se manifestaram falando em disputar cargos eletivos a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados nas eleições do ano que vem. A maioria está de olho nos desgastes dos atuais deputados estaduais e federais ***Trocando de saco para mala: Os inimigos já estão conspirando para não deixar o vice-governador Sergio Gonçalves assumir o cargo de governador no ano que vem. O objetivo é aparar as asas de Gonçalves para a disputa do CPA *** Os primeiros movimentos estão sendo criados, fomentados, dirigidos, engendrados nas catatumbas do Palácio Rio Madeira até no sentido de afastamento do vice.

Carlos Sperança

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