Diário da Amazônia

Política & Murupi

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Foto: Reprodução

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1.1- Gastando sola de sapato


Livre das amarras da ligação política que "ia, quase foi, mas acabou não fondo" com o Podemos, Hildon Chaves botou o pé na estrada para conversar, apertar mãos, construir apoios, tomar cafezinho, enfim, vender seu peixe de olho nas urnas. Hildon tem um bom legado como prefeito que resiste às investidas dos seus adversários e tenta o salto para dois claros objetivos: governo do estado ou senado com amplas chances, mormente analisando-se o quadro fragilizado entre os atuais postulantes, face as mudanças na lei e as famosas lupas dos órgãos de controle que em época eleitoral costumam se voltar para aqueles que deixam cargos. Gastando sola de sapato junto com a equipe de marketing, Hildon voltou às redes sociais mais experiente e com couro bem mais grosso.

1.2- Penduricalhos do TJRO ou direitos relegados?


O STF meteu o pé na porta e o TJRO terá de enviar a comprovação de que agiu com lisura no caso que envolve a liquidação de Adicionais por Tempo de Serviço supostamente feita ao grupo pequeno de magistrados, aposentados e pensionistas, beneficiados sem os critérios e sem transparência. O grupo que promoveu a denúncia não discute direitos, mas sim o tratamento dispensado a outros servidores prejudicados ou relegados. O caso vinha sendo falado na "radio corredor" enquanto a ação corria. Sobre a entrada do STF para checar a veracidade vejo como positivo pois iremos saber qual o tratamento que é dado ao direito Casa da Justiça. Se há direito e a denúncia é real lembrem-se de El Bodegueiro do Nat King Cole: "toma chocolate, paga lo que debes".

1.3- O azar da sorte


A sorte do vice governador Sérgio Gonçalves parece ter-se tornado madrasta a julgar pelo resultado da sua investida judicial para garantir que efetivamente possa ser o governador na ausência do titular Marcos Rocha. Volto no tempo para lembrar que a sorte quando ainda era mãe, amamentou o sonho do jovem vice, guindado pelo tutor "contra tudo e contra todos". Algo de muito bom deve ter visto Marcos Rocha no jovem para tomar tal decisão e Sergio Gonçalves, obviamente muito mais como secretário que como vice, não comprometeu até que surgiu a possibilidade de substituir o chefe e creio, aí a coisa desandou. O tempo irá revelar mais desse rolo que lembra o rififi Moro/Bolsonaro. Sergio queimou a largada e volta para o fim da largada quase sem chances de vitória.

1.4- Cheque especial, agiota ou papagaio

 

O governo segue com as caneladas e Sua Nulidade entra no alvo da imprensa internacional por conta das posições antagônicas ao consenso ocidental e até aqui, pela imprensa domesticada, pipocam comentários impossíveis de serem ditos ano passado. Verbas reduzidas ou instinto de sobrevivência? Orçamento batendo à porta e o governo começa a pagar mais emendas para conseguir aumentar o limite do cheque especial com a apresentação da peça de ficção orçamentária prevendo um orçamento nacional mandrake com superavit de mais de R$34 bilhões no próximo ano algo na casa de irreais 0,25% do PIB. A saída seria cortar gastos, mas Sua Nulidade continua a lambança negociando com o Congresso na base do toma lá - emenda - dá cá aprovação para gastar ou taxar. Se não der certo, sobram agiotas e é claro juros maiores para cobrir o "serviço da dívida". O Brasil está no mato e sem cachorro. A conta não fecha.

1.5- O que ainda não se sabe sobre o roubo do INSS?


Ressarcir tudo roubado dos pensionistas e aposentados dos INSS ainda este ano em parcela única é puro caô, ou se preferem, mentira, fake news, engodo. Não se sabe ao certo quanto foi roubado e ainda que alguns bloqueios tenham sido feitos na casa dos milhões, está distante do valor real na casa dos bilhões. Sobre a CPMI o que se sabe é que o governo opera para ocupar a presidência e a relatoria e sobre as ações dos roubados que chegam à justiça, o governo de Sua Nulidade atua pela não aceitação ou postergação dando um refresco para os ladrões, comparsas e o resto da súcia. Capadoçada dos miseráveis!

1.6- Fim de papo

 

"Quem alimenta o ‘nós contra eles’ acaba governando contra todos" disse o presidente da Câmara sobre o PT, e Lula fulminano o IOF. Que coisa...

Léo Ladeia

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