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Roubando empregos
O mundo, politicamente, está dividido entre liberais e conservadores, menos no Brasil, onde há conservadores em partidos liberais e liberais em partidos conservadores. Os dois grupos estão assustados com a Inteligência Artificial, o mais significativo avanço científico desde que Alan Turing, em 1950, levantou a ideia de que as máquinas poderiam pensar como seres humanos. Em constante evolução, a IA avançou tanto que ameaça uma revolução, expondo as contradições de liberais e conservadores, a tal ponto que há liberais tentando proibir o avanço da IA e conservadores já a utilizando em suas empresas.
Vindo para ficar, com ela nada mais será como antes. Ao contrário dos medos que causa em quem não compreende como máquinas e algoritmos possam controlar o ser humano, nas partes mais desabitadas da Amazônia a IA já aparece. No Rio Xingu, um barco equipado com IA monitora a qualidade da água impactada pela presença da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.
O que há de surpreendente para alguns e de preocupante para muitos são as consequências do experimento. Como o barco é dirigido à distância, sem a presença de seres humanos a bordo, a questão que ela põe é terrível: será que a IA vai acabar com os empregos dos homens? Pelo jeito vai, dando margem à ideia de criar mundialmente uma renda mínima para a sobrevivência de todo ser humano que perder o emprego... ou não quiser trabalhar.
Os bons tempos
Com a recente eleição do ex-prefeito Edinho da Silva, com apoio do presidente Lula ao comando nacional do PT, o partido quer reviver os bons tempos de décadas passadas. Os desafios são muitos, como unir a legenda e projetar a sigla para as eleições de 2026. Em Rondônia, nos bons tempos petistas, o partido já teve uma senadora, dois deputados federais e quatro estaduais numa onda Lula. Deputados estaduais da qualidade de Hermínio Coelho, Epifania Barbosa e Ribamar Araújo fizeram história e ainda estão na ativa, mesmo fora da legenda como Ribamar Araújo. O PT também mantém em seus quadros o ex-deputado federal Anselmo de Jesus, como liderança exponencial na BR.
Os dinossauros
Os dinossauros da política rondoniense estão voltando ao cenário político rondoniense. Alguns, autores de verdadeiras proezas, citando como exemplo o ex-senador Amir Lando que se tornou ministro da Previdência. Foi o único político rondoniense a galgar um posto tão importante, sem contar sua trajetória na cassação do ex-presidente Collor. O que dizer também do ex-prefeito, ex-governador e ex-senador Valdir Raupp? Entre suas façanhas estão a vitória sobre o favorito Chiquilito Erse ao governo do estado em 1994 e a grande vitória ao Senado, sendo o mais votado num confronto com o todo-poderoso Ivo Cassol.
As proezas políticas
Não pode deixar de ser registrado também a eleição ao Senado do ex-prefeito de Ariquemes Ernandes Amorim, sobre Amir Lando, que tinha se tornado um destaque nacional, cantado em prosa e verso, por ser também um grande tribuno, um dos astros nacionais do MDB. Pois é, Ernandes Amorim quebrou o favoritismo de Lando, numa dobradinha com José Bianco, o mais votado ao Senado naquele pleito, tendo na chapa como candidato a governador (derrotado) Chiquilito Erse. Eram as eleições de 1994, Governava Rondônia, Oswaldo Piana Filho, o governador do linhão. Amorim é outro dinossauro de volta a política. Deve disputar uma cadeira a Assembleia Legislativa no ano que vem.
Cenário de incertezas
A população rondoniense vivencia um período de incertezas com tantas guerras, disputas tarifárias, etc. Este cenário tem reflexos no comercio lojista e até nos supermercados cuja frequência tem diminuído. Pior ainda para os empresários e investidores que estão segurando novos projetos no aguardo de definições nos quadros econômicos nacional e internacional. Não bastasse ainda temos a elevada taxa de juros refletindo até no custo de vida. O desafio dos caras pálidas rondonienses é enfrentar esta travessia turbulenta que o mundo atravessa com garra e persistência.
Todos na peleja
Todos os governadores da Amazônia estão confirmando suas candidaturas ao Senado nas eleições de 2026. Vários já anunciando a desincompatibilização em abril de 2026, deixando os cargos para seus vice-governadores que já projetam disputar os governos estaduais. Elder Barbalho, do Pará, Marcos Rocha de Rondônia, Wilson Lima, do Amazonas e Gladson Camelli do Acre, já estão com o pé na estrada. Destes, o maior favorito nos estados é o governador do Pará, Elder Barbalho, do MDB, filho do senador Jader Barbalho, que também já foi governador e ministro.
Via Direta
*** Depois dos percalços sofridos por uma mudança de domicilio no meio da semana, onde sofri tentativa de assalto no caminhão da transportadora, com um dos meliantes preso, estamos de volta ainda padecendo com os obstáculos causados para a instalação de telefone e de internet. Mas agora, vamos que vamos *** O pré-candidato ao Senado raiz bolsonarista em Rondônia, o pecuarista Bruno Scheidt ainda patina nas pesquisas no estado e aguarda a presença do mito para reforçar sua postulação *** Rondônia é conservadora, mas não é trouxa, os conservadores de Santa Catarina, por exemplo, estão se rebelando contra Carlucho, filho do Messias, lançado goela abaixo também ao Senado naquelas bandas.
Carlos Sperança