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O Festival Amazonas de Ópera (FAO) ganha uma nova dimensão em 2025 com o lançamento do Corredor Criativo da Amazônia, projeto internacional que será apresentado nesta quarta-feira (16/4), às 10h, no Palácio da Justiça, no Centro de Manaus. A iniciativa une cultura, desenvolvimento sustentável e articulação global para fomentar a qualificação técnico-artística de instituições culturais da região.
Com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e patrocínio do Bradesco via Lei Rouanet, o FAO também conta com a parceria da Innova e da Swarovski. O objetivo do novo projeto é captar recursos internacionais e fortalecer políticas públicas que estimulem a mobilidade de profissionais e o intercâmbio cultural entre países parceiros como Brasil, Colômbia, Áustria e Portugal.
"Teremos no Corredor Criativo uma grande oportunidade de disseminar a cultura, incentivar os artistas e deixar um legado significativo para a economia criativa do nosso Estado", destacou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Caio André.
Integração internacional e legado local
O Corredor Criativo da Amazônia propõe a integração entre os dois maiores festivais de ópera do país, os de Manaus e Belém, além de inserir o FAO na agenda ambiental e cultural da região. Segundo Flávia Furtado, diretora-executiva do FAO, cerca de 70% dos corpos artísticos e 80% dos técnicos envolvidos são amazonenses. "É um projeto amazonense feito para os amazonenses, que gera empregos e forma gerações dentro do nosso teatro. Precisamos comunicar isso ao mundo", afirmou.
A cerimônia de lançamento contará com a assinatura de termos de cooperação com o Cascáis Ópera, de Portugal, e com o Munay Group, reforçando o compromisso de internacionalização do festival.
Mais do que um espetáculo: formação e futuro
Criado em 1997, o FAO se consolidou como o maior festival de ópera da América Latina e tem papel essencial na economia criativa manauara, impactando também setores como hotelaria e gastronomia. Com o Corredor Criativo, a proposta é que o festival ocupe o primeiro semestre do ano com apresentações, enquanto o segundo semestre será dedicado à formação técnica, ações educacionais e articulação com instituições públicas da região.
Como parte da nova fase de internacionalização, também será lançado o Prêmio Carlos Gomes, inserido no Concurso de Canto de Cascais. A premiação reforça a presença do Brasil na cena operística europeia e amplia o reconhecimento do festival no cenário internacional.
O Corredor Criativo da Amazônia nasce como um passo estratégico para integrar arte, desenvolvimento sustentável e inovação, transformando a cultura em vetor de crescimento e conexão entre os povos da Amazônia e do mundo.
Breno França - Portal SGC