Amazonas

Operação Ágata Amazônia 2025 neutraliza garimpo ilegal e causa prejuízo de R$ 200 milhões ao crime organizado

Ação conjunta das Forças Armadas e órgãos federais destruiu dezenas de dragas, apreendeu drogas e prestou mais de 50 mil atendimentos em comunidades


Imagem de Capa

Breno França

PUBLICIDADE

O Comando Conjunto APOENA apresentou, nesta terça-feira (3), o balanço da Operação Ágata Amazônia 2025. A ação integrada entre as Forças Armadas e agências governamentais resultou na neutralização de dezenas de estruturas de garimpo ilegal, apreensões de drogas e assistência cívico-social a milhares de moradores da região amazônica. Estima-se que o prejuízo causado ao crime organizado ultrapasse R$ 200 milhões.

Realizada entre os meses de março e junho, a Operação Ágata Amazônia 2025 teve como foco o combate aos crimes transfronteiriços, principalmente relacionados ao narcotráfico e à exploração ilegal de recursos naturais. De acordo com o Comando Conjunto APOENA, a ação foi decisiva para a destruição de 26 dragas no território brasileiro e outras 8 na Colômbia, em uma operação espelhada na faixa de fronteira.

"O objetivo foi atuar diretamente nos principais eixos da atividade criminosa na região, especialmente o tráfico de drogas e o garimpo ilegal, que causam graves danos ambientais e sociais", destacou o Vice-Almirante Lampert, comandante do Comando Conjunto APOENA.

Além do impacto financeiro no crime organizado, a operação também levou cidadania às comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia Ocidental. Segundo o balanço, mais de 50 mil procedimentos médicos foram realizados e cerca de 130 mil medicamentos distribuídos.

A Polícia Federal, uma das principais parceiras na operação, identificou mais de 300 dragas de extração ilegal de ouro, especialmente na região do rio Japurá. De acordo com o delegado Paulo Roberto, o trabalho de inteligência foi fundamental para mapear as estruturas criminosas e realizar apreensões de equipamentos, celulares, redes de comunicação via satélite, além de mercúrio e ouro extraídos de forma ilegal.

"O Estado do Amazonas é imenso, mas nossa atuação conjunta tem conseguido identificar e desarticular essas redes, que muitas vezes envolvem trabalho análogo à escravidão e exploração sexual", afirmou o delegado.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) também participou da operação, com foco na proteção da Estação Ecológica de Jutaí-Japurá, uma unidade de conservação federal onde a exploração de recursos naturais é proibida. "Nosso trabalho foi voltado exclusivamente para o combate à extração ilegal de ouro, que ameaça a biodiversidade local", explicou Alex Cietto, coordenador territorial do ICMBio.

Com a conclusão da operação, as informações coletadas serão compartilhadas entre as agências envolvidas para embasar novas ações de fiscalização e combate aos crimes ambientais e transfronteiriços. As Forças Armadas seguem atuando na região para reforçar a presença do Estado e garantir a soberania nacional.

Karol Santos - Portal SGC


NOTÍCIAS RELACIONADAS

Mais lidas de Amazonas
Últimas notícias de Amazonas