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Cientistas obtiveram nesta quarta-feira, 17, o que eles consideram ser os mais fortes sinais de vida em outro planeta além do sistema solar.
Os especialistas usaram informações coletadas pelo telescópio espacial James Webb para identificar a produção de gases químicos oriundos de organismos vivos, principalmente de vida microbiana, como o fitoplâncton marinho.
Segundo os pesquisadores, isso sugere que o planeta pode estar repleto de vida microbiana, no entanto, não é ainda uma descoberta de organismos vivos, mas é uma possível bioassinatura e que os resultados devem ser vistos com cautela, sendo necessárias mais observações.
Para isso, os cientistas usam ferramentas como o Telescópio Espacial James Webb, o mais potente já enviado ao espaço.
O planeta, denominado K2-18 b, é 8,6 vezes mais maciço que a Terra e tem um diâmetro cerca de 2,6 vezes maior que o do nosso planeta. Ele orbita em torno de uma anã vermelha menor e menos luminosa que o nosso Sol, localizada a cerca de 124 anos-luz da Terra, na constelação de Leão.
"O único cenário que atualmente explica todos os dados obtidos até agora pelo JWST (James Webb Space Telescope), incluindo as observações passadas e presentes, é aquele em que o K2-18 b é um mundo oceânico repleto de vida", disse Madhusudhan, o astrofísico do Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge, principal autor do estudo publicado no Astrophysical Journal Letters.
Desde a década de 90, os cientistas levantaram a hipótese da existência de exoplanetas cobertos por um oceano de água líquida habitável por microorganismos e com uma atmosfera rica em hidrogênio — os chamados mundos oceânicos.
A hipótese é que seus oceanos sejam mais quentes do que os da Terra. Questionado sobre possíveis organismos multicelulares ou até mesmo vida inteligente, Madhusudhan disse: "Não poderemos responder a essa pergunta neste estágio. A suposição básica é de vida microbiana simples".
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