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Visivelmente afetada pela altitude de 4.100 metros de El Alto, a Seleção Brasileira não conseguiu se impor em momento algum na noite dessa terça-feira (9) e, diante da Bolívia, conheceu a primeira derrota na era Carlo Ancelotti. Miguelito, de pênalti, marcou o único gol da partida e, com o 1 a 0, garantiu os bolivianos na repescagem da Copa do Mundo. O Brasil, por sua vez, encerrou as Eliminatórias apenas na quinta colocação.
Como foi Bolívia x Brasil
Na véspera do jogo, Carlo Ancelotti dissera que não conhecia os efeitos da altitude, mas que a comissão técnica da Seleção o estava municiando com todo tipo de informação. A programação da equipe também foi diferente, sendo que o Brasil chegou à Bolívia menos de quatro horas antes de a bola rolar. A ideia era fazer com que os jogadores sentissem o mínimo possível.
Mas os primeiros 50 minutos de jogo demonstraram que, mesmo com todos os cuidados prévios, a Seleção Brasileira não parecia preparada para enfrentar os bolivianos. Porque apenas eles jogaram.
Foram 15 chutes a gol, ante apenas quatro do Brasil. Alisson, um dos únicos dois titulares do time — Bruno Guimarães foi o outro —, foi quem mais trabalhou entre todos os jogadores da Seleção.
A demonstração inequívoca de que os comandados de Carlo Ancelotti estavam com o pé no freio também veio de Alisson, que toda vez que estava com a bola retardava ao máximo para colocá-la em jogo.
No ataque, Samuel Lino desistiu de buscar um lançamento em profundidade pela esquerda para poupar fôlego, enquanto Luiz Henrique, que na quinta-feira passada entrara no segundo tempo no Maracanã e construiu dois gols em arrancadas, dessa vez não conseguiu vencer nenhum duelo na direita no primeiro tempo.
Mas, apesar de estar bem à vontade, a Bolívia só conseguiu abrir o marcador de pênalti, nos acréscimos e com o auxílio do VAR. Aos 48, o árbitro chileno Cristian Garay foi chamado ao monitor e assinalou pênalti de Bruno Guimarães. Miguelito cobrou e Alisson chegou a tocar na bola, mas ela morreu no fundo da rede.
No segundo tempo, o Brasil voltou com mais atitude diante da Bolívia. Àquela altura, os bolivianos garantiam uma vaga na repescagem graças à derrota parcial da Venezuela para a Colômbia. Foi quando Ancelotti decidiu mexer no time, aos 15.
De uma só vez, entraram Marquinhos, Estêvão, Raphinha e João Pedro. Pouco a pouco, a Seleção começou a se insinuar sobre a Bolívia. O Brasil foi ganhando campo e as chances de gol, ainda que timidamente, começaram a surgir, quase sempre em chutes de média distante. Mas o tempo foi passando e o Brasil cansando. No fim, o placar foi mesmo 1 a 0.
O que vem pela frente
Depois de perder para a Bolívia e encerrar a participação na quinta colocação das Eliminatórias, o Brasil agora terá mais quatro amistosos este ano. No mês que vem, a Seleção encara a Coreia do Sul em Seul, no dia 10, e enfrenta o Japão quatro dias depois, em Tóquio. Os adversários de novembro ainda não estão definidos, mas serão duas seleções africanas. Sétima colocada, a Bolívia disputará a repescagem para a Copa do Mundo em março do próximo ano.
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