Ex-sócio de Escobar é deportado para a Colômbia após prisão nos EUA
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Após mais de 20 anos de prisão nos Estados Unidos, o ex-sócio de Pablo Escobar e um dos fundadores do Cartel de Medellín, Fabio Ochoa Vasquez, foi deportado para a Colômbia nessa segunda-feira (23/12).
Aos 67 anos, com cabelos grisalhos e sem contas pendentes com o sistema judiciário de seu país, ele chegou ao aeroporto de Bogotá, de acordo com uma foto publicada pela Migración Colombia na rede X.
Em 2003, Ochoa foi condenado a 30 anos e cinco meses de prisão, além de uma multa de U$ 25 mil, por fazer parte de uma organização que contrabandeou uma média de 30 toneladas de cocaína para os Estados Unidos entre os anos de 1997 e 1999. Ele foi libertado no último dia 3 de dezembro.
Naquela época, Escobar, o chefão das drogas mais procurado do planeta, já havia sido morto pela polícia colombiana em 1993.
Fabio é o mais jovem do poderoso "clã Ochoa", formado por um pecuarista milionário e seus três filhos, aliados de "El Patrón" no tráfico de drogas para a América do Norte e em sua sangrenta guerra contra o Estado na década de 1990.
"Rambo"
Dos fundadores do que se tornou a maior organização de drogas do mundo, apenas ele e Carlos Lehder foram extraditados para os Estados Unidos. "Rambo", como Lehder era conhecido, foi libertado em 2020 e viajou para a Alemanha devido à sua dupla nacionalidade.
Ochoa se entregou à Justiça colombiana em 1990, de acordo com uma lei especial emitida pelo governo do então presidente César Gaviria (1990-94), que previa penas reduzidas e a não extradição de criminosos que se entregassem, confessassem seus crimes e entregassem seus comparsas.
Ele foi libertado em 1996 após cumprir uma pena de quase seis anos na prisão de alta segurança de Itagüí, perto de Medellín, de onde é natural.
No entanto, voltou a traficar e foi preso novamente em outubro de 1999 como parte da multinacional "Operação Milênio", que levou à prisão de dezenas de supostos chefes do tráfico.
Metrópoles