Novo filme da Branca de Neve vira fracasso de bilheteria no lançamento para os padrões da Disney

pesar de liderar as bilheterias na semana de seu lançamento, o filme arrecadou apenas US$ 43 milhões em seu primeiro fim de semana, um número decepcionante para os padrões do estúdio. A expressão "quem lacra, não lucra" ecoa entre críticos e público, que apontam as polêmicas envolvendo o projeto como um dos motivos para o fracasso inicial.

Dirigido por Marc Webb, conhecido por "O Espetacular Homem-Aranha", e com roteiro de Erin Cressida Wilson, de "A Garota no Trem", o longa traz Rachel Zegler no papel da princesa e Gal Gadot como a Rainha Má. A trama mantém a essência do conto dos Irmãos Grimm: uma rainha cruel, movida pela inveja da beleza de sua enteada, ordena sua morte.

Branca de Neve escapa e encontra refúgio com sete anões, mas segue ameaçada pelo plano da madrasta de envenená-la com uma maçã. Apesar do elenco estelar e da produção caprichada, o filme não conseguiu repetir o sucesso de outros remakes da Disney, como "A Pequena Sereia", que abriu com US$ 95 milhões em 2023, ou mesmo "Dumbo", que, embora considerado um desempenho morno em 2019, estreou com US$ 46 milhões.

A semana foi igualmente sombria para outro grande lançamento, "The Alto Knights", estrelado por Robert De Niro e dirigido por Barry Levinson. Com um orçamento de US$ 45 milhões, o filme - o primeiro projeto aprovado diretamente pelo CEO da Warner Bros., David Zaslav - estreou em quase três mil salas nos EUA, mas arrecadou apenas US$ 3,2 milhões, amargando a sexta posição no ranking.

O resultado representa um prejuízo significativo para o estúdio, que esperava mais de um nome tão consagrado quanto De Niro. Enquanto as estreias patinam, filmes já em cartaz mostram resiliência. "Código Preto" subiu para o segundo lugar, somando US$ 4,4 milhões no fim de semana, e "Capitão América: Admirável Mundo Novo" segue firme como um dos gigantes de 2025, ultrapassando US$ 200 milhões e retomando a terceira posição no mercado americano. Curiosamente, o fracasso das novidades parece abrir espaço para produções mais antigas, como o clássico "Branca de Neve", ganharem nova atenção em outras mídias.

As polêmicas em torno do live-action podem ter contribuído para o desempenho aquém do esperado. Desde críticas à escalação de Rachel Zegler até mudanças no enredo clássico, o filme enfrentou resistência de parte do público antes mesmo de chegar às telas.

A Disney, por sua vez, tomou uma atitude decisiva ao ajustar a campanha de divulgação, mas o impacto nas bilheterias ainda não se refletiu. Com o filme já disponível nos cinemas brasileiros, resta saber se ele conseguirá se recuperar nas próximas semanas ou se tornará mais um exemplo de que, às vezes, "quem lacra, não lucra".

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