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Trump visita áreas afetadas por enchentes; mais de 100 morreram

Donald Trump e sua esposa Melania são esperados nesta sexta-feira (11/7) em região atingida por fortes chuvas no Texas


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Trump visita áreas afetadas por enchentes; mais de 100 morreram

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Uma semana depois das enchentes devastadoras no Texas, que já deixaram pelo menos 120 mortos e mais de 170 desaparecidos, o presidente dos Estados Unidos visita nesta sexta-feira (11/7) as áreas mais atingidas no centro do estado. Donald Trump e sua esposa Melania são esperados na região atingida por fortes chuvas, enquanto a resposta dada pelo governo e autoridades locais está sendo criticada.

Durante entrevista à rede americana NBC, Trump afirmou que o sistema de alerta contra enchentes deve ser reforçado, mas elogiou a atuação das autoridades locais. "Todo mundo foi pego de surpresa. Mas acho que estão fazendo um ótimo trabalho", disse.

A tragédia aconteceu na região de Hill Country, onde o rio Guadalupe subiu quase nove metros no feriado de 4 de julho — um nível superior ao da enchente histórica de 1987.

As chuvas torrenciais causaram inundações repentinas, surpreendendo muitos moradores enquanto dormiam. Em Kerr County, uma das áreas mais atingidas, foram registradas 96 mortes, incluindo 36 crianças.

Respostas das autoridades ao desastre é criticada

Enquanto as buscas por sobreviventes dão lugar à fase de resgate de corpos, cresce a pressão sobre o governo federal. A visita do presidente dos EUA ocorre em um momento em que crescem as dúvidas sobre a forma como as autoridades locais estão lidando com a crise e o impacto dos cortes orçamentários, promovidos pelo governo Trump, nos sistemas de alerta e resgate.

O presidente republicano tem sido criticado por sugerir o fim da FEMA — a agência responsável por coordenar a resposta a desastres nos EUA — e por ter congelado bilhões de dólares em recursos para prevenção de catástrofes naturais.

Autoridades locais afirmam que já sabiam do risco de enchentes e haviam solicitado verba federal para instalar um sistema de alerta, mas o pedido foi negado. Hoje, só no Texas, há mais de 54 bilhões de dólares em projetos de prevenção esperando financiamento.

Questionado logo após o desastre se ainda pretendia eliminar gradualmente a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), Donald Trump respondeu que não era o momento para discutir o assunto.

Na semana passada, a Casa Branca teve de responder à críticas de que os cortes orçamentários no Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) haviam minado a confiabilidade das previsões e alertas. A porta-voz Karoline Leavitt afirmou que o Serviço Nacional de Meteorologia (NWS) havia emitido "previsões e alertas oportunos e precisos".

Entretanto, de acordo com a emissora KSAT, do Texas, às 4h22, um bombeiro local solicitou alertas de "Código Vermelho", uma mensagem de emergência enviada aos celulares dos moradores de Hunt, a comunidade mais afetada, enquanto as águas do Rio Guadalupe, alimentadas por chuvas torrenciais, subiam perigosamente.

Contudo, de acordo com a afiliada local da CNN e a ABC, o gabinete do xerife pediu ao bombeiro que aguardasse enquanto obtinha autorização de um superior. Os alertas de "Código Vermelho" teriam sido enviados pelo menos 90 minutos depois, por volta das 6h, e a mensagem levou até seis horas para chegar a alguns moradores de Hunt, segundo a KSAT.

Questionadas diversas vezes esta semana, as autoridades locais ignoraram o assunto.

Mais de 2 mil socorristas, policiais e equipes com cães farejadores, apoiados por helicópteros, vasculham a área há sete dias, na tentativa de localizar desaparecidos, embora as chances de encontrar sobreviventes sejam mínimas, dizem as autoridades. A última pessoa resgatada viva foi em 4 de julho, mesmo dia em que ocorreu a enchente.


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