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Um homem teve um ataque cardíaco e morreu 24 horas depois de ter sido diagnosticado erroneamente com amigdalite. Sua garganta doía a ponto dele não conseguir engolir sua saliva, mas o médico que o atendeu não o encaminhou para a emergência. Depois, foi confirmado na autópsia que a parada cardíaca foi desencadeada pela falta de oxigênio devido ao fechamento da garganta.
As informações são do portal Daily Mail. Apesar do caso ter sido revelado nesta quinta-feira, 14, a situação aconteceu em 2023, nos Estados Unidos. Michael Reynolds, de 29 anos, foi ao hospital pela primeira vez em 29 de novembro, retornou no dia 30 com piora nos sintomas, e faleceu no dia 1º.
De acordo com o portal, ele foi inicialmente instruído a descansar após ir ao médico reclamando de inchaço e dor na garganta. Ele também estava com uma tosse persistente, que durou três meses. Os médicos o dispensaram e ele foi para casa com um spray nasal e o encaminhamento para fazer uma radiografia de tórax.
Mas seus sintomas pioraram e ele começou a não conseguir engolir mais. No dia seguinte ele voltou ao hospital e foi atendido por um médico diferente - mas o atendimento não foi muito diferente.
Reynolds contou que sentia sua garganta fechando, que não conseguia comer e engolir, e que, por isso, estava cuspindo em uma tigela. Além disso, também apresentava febre alta. Ele perguntou se precisava seguir para a emergência, mas o médico teria ignorado suas preocupações, o diagnosticado com amigdalite e receitado apenas antibióticos.
O homem voltou mais uma vez para sua casa, em Boston, no estado de Massachusetts, com sua esposa Charlotte. Nisso, ele desmaiou e teve uma convulsão. Sua esposa chamou uma ambulância e Michael foi levado ao hospital, mas não resistiu e faleceu no dia seguinte.
A autópsia revelou que ele sofreu uma parada cardíaca desencadeada pela falta de oxigênio devido ao fechamento da garganta por epiglotite, uma inflamação grave em que a aba que cobre a traqueia incha e impede a passagem de alimentos e líquidos nas vias aéreas. Também foi constatado uma "oportunidade perdida" dele ter sido encaminhado à emergência.
"O inquérito e reviver tudo de novo tem sido particularmente perturbador, mas pelo menos agora tenho algumas respostas sobre por que Michael não está mais conosco e eu serei capaz de explicar isso a Jacob [filho bebê do casal] quando ele tiver idade suficiente para entender", disse Charlotte, a viúva.
"Tudo o que posso esperar agora é que, ao compartilhar nossa história, isso possa levar a melhorias no cuidado com os outros e mais conscientização em torno dos sinais da epiglotite e da necessidade de tratamento de emergência, já que é algo que eu nunca tinha ouvido falar antes. Eu não gostaria que ninguém passasse pelo que temos", complementou a mulher, ao jornal.
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