Morre Brigitte Bardot, ícone do cinema francês e ativista pelos animais, aos 91 anos

A atriz e cantora Brigitte Bardot, ícone do cinema francês e referência cultural global nas décadas de 1950 e 1960, morreu neste domingo aos 91 anos, conforme comunicado divulgado pela Fundação Brigitte Bardot, organização dedicada à proteção animal que ela própria criou e presidia. A nota oficial não informou a causa, o local nem o horário do falecimento.

Nascida Brigitte Anne-Marie Bardot em Paris, Bardot iniciou sua trajetória artística como bailarina e, em 1949, tornou-se modelo. Foi descoberta pelo cineasta francês Roger Vadim após aparecer na capa da revista Elle, encontro que mudou o rumo de sua carreira. Casados em 1952, Bardot e Vadim estrelaram juntos E Deus Criou a Mulher (1956), filme que a projetou internacionalmente e a consagrou como símbolo de sensualidade e liberdade, atraindo atenção e polêmica internacionalmente.

Com mais de 40 filmes no currículo, Bardot tornou-se musa de diretores como Jean-Luc Godard e Louis Malle e influenciou a moda e os costumes, popularizando o biquíni e dando nome ao "decote Bardot", entre outras tendências.

Em 1973, aos 39 anos, Bardot decidiu se afastar definitivamente do cinema e, no ano seguinte, posou para a edição italiana da Playboy, marcando simbolicamente sua despedida da indústria cultural.

Em 1986, fundou a Brigitte Bardot Foundation, voltada ao bem-estar e à proteção dos animais, causa à qual dedicou sua vida nas décadas seguintes. A atuação da fundação incluiu campanhas de resgate, proteção e esterilização de animais em risco.

A relação da atriz com o Brasil ficou marcada por sua estadia em Búzios, no litoral do Rio de Janeiro, em janeiro de 1964, quando buscava um local mais discreto para viver longe dos holofotes.

Brigitte Bardot deixa um legado duradouro no cinema e no ativismo pelos direitos dos animais, sendo lembrada mundialmente por sua contribuição artística e pelo engajamento em causas de proteção animal.

portal SGC