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Saiba quem era a primeira vítima de feminicídio de 2025

Ana Moura Virtuoso, 27 anos, foi morta a facadas nesse domingo (5/1), na Estrutural. Crime foi registrado como primeiro feminicídio de 2025


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Saiba quem era a primeira vítima de feminicídio de 2025

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Ana Moura Virtuoso (foto em destaque), de 27 anos, era mãe de duas crianças, fruto do relacionamento com o marido, Jadison Soares da Silva, 47. A mulher foi morta a facadas pelo companheiro nesse domingo (5/1), no bairro Santa Luzia, na Cidade Estrutural. O crime foi registrado como o primeiro feminicídio de 2025 da capital do país.

Jadison é pedreiro, e Ana estava desempregada. O suspeito é procurado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Segundo relatos da vizinha da casa de fundos de onde Ana e Jadison residiam com dois filhos, a mulher sofria agressões físicas e verbais "quase todos os dias".

As discussões eram motivadas, na maioria das vezes, por ciúmes e por divergências do casal em relação aos cuidados com a casa e com os filhos.

A vizinha também relatou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que o homem sempre chegava em casa bêbado ou sob o efeito de drogas.

Nesse domingo, antes de Ana ser esfaqueada pelo marido, a vizinha escutou Jadison dizer que estava com ciúmes de Ana por ela ter cumprimentado um rapaz na rua "mais cedo". Durante a discussão o agressor chamou a vítima de "vagabunda" e disse que iria matá-la.

Ana foi levada por um vizinho à 8ª Delegacia de Polícia (Cidade Estrutural), mas não resistiu e morreu na unidade policial.

O Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) foi acionado para socorrer a vítima. Mesmo após 40 minutos de manobras de reanimação, o óbito foi declarado no local. A mulher sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

Histórico de agressões

A vítima já havia registrado pelo menos quatro boletins de ocorrência contra Jadison: em 2020, por lesão corporal; em 2021, por injúria e vias de fato; e duas denúncias em 2022, sendo uma por ameaça e lesão corporal e outra somente por lesão corporal.

Em abril de 2023, Ana decidiu pedir ao Tribunal de Justiça do DF (TJDFT) uma medida protetiva contra Jadison. No dia 22 daquele mês, o homem teria agredido a esposa, fazendo um corte na mão dela com um canivete, além de diversas ameaças como: "Vou te matar […] vou acabar com sua vida"; e ofensas e xingamentos, do tipo: "Desgraçada! Puta! Vai se foder, porra!". Os pais da jovem viram tudo de perto.

Na ocasião, a vítima disse que as agressões verbais ocorriam rotineiramente. Jadison fazia uso de álcool e drogas e, segundo Ana, se tornou violento e extremamente agressivo com o passar do tempo.

Jadison chegou a ser preso no mês seguinte por violar a medida protetiva determinada pela Justiça. Em junho, porém, ele ganhou liberdade provisória, e Ana Moura pediu a retirada da medida.

Ana não foi a única mulher alvo das agressões de Jadison. Em dezembro de 2018, ele invadiu a casa da então sogra (mãe de uma companheira anterior a Ana) e a atacou com empurrões e ofensas.

Metrópoles

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