Divulgação/PCERJ
Uma rede criminosa sofisticada que realizava fraudes contra a Uber, empresa de transporte por aplicativo, é alvo de operação da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) nesta quarta-feira (13/8). O grupo é investigado por gerar prejuízo de R$ 114 mil à plataforma.
O objetivo da "Operação Rota Falsa" é desmantelar o grupo fraudulento. São cumpridos mandados de busca e apreensão em cinco endereços, localizados na Zona Norte do Rio, ligados aos investigados.
As investigações apontaram que os suspeitos exploravam uma vulnerabilidade no sistema de pagamentos via Pix do aplicativo. Eles utilizavam contas fraudulentas, tanto de motoristas como de passageiros, para fazer pedidos de corridas, mas acrescentavam múltiplas paradas durante o trajeto, o que fazia o valor final da viagem disparar.
Entretanto, no final da corrida, a quantia relacionada às paradas adicionadas permanecia pendente na conta do passageiro, que não efetuava o pagamento e abandonava a conta, tornando-a inativa. Diante disso, a Uber cobria o pagamento integral das paradas ao falso motorista.
Segundo os investigadores, a empresa identificou mais de 2 mil corridas com indícios fraudulentos. Os suspeitos abriram 480 contas em nomes de falsos motoristas e passageiros e, entre essas, 478 foram criadas do endereço residencial de um dos investigados.
Os policiais apuraram que os criminosos fraudavam o sistema de verificação da plataforma para a criação das contas falsas. Eles utilizavam inteligência artificial para manipular imagens digitalmente e também usavam imagens físicas, com rostos de outras pessoas impressos em folhas de papel e colocavam por cima da própria face deles.
Os policiais ainda identificaram que grande parte das contas bancárias vinculadas no aplicativo era de outra integrante da quadrilha.
Na ação desta quarta (13), os agentes diligenciaram em endereços no Alto da Boa Vista, Tijuca, Maracanã e Honório Gurgel. Em um dos locais, os policiais encontraram diversas fotos utilizadas para fraudar o sistema de verificação do aplicativo.
As investigações continuam para identificar e responsabilizar todos os envolvidos no esquema criminoso.
A coluna entrou em contato com a Uber, mas não havia recebido respostas até a publicação desta reportagem.
Metrópoles