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Na última semana, um incidente ocorrido no Aeroporto Internacional de Porto Velho (RO), envolvendo o influenciador Enzo Master, resultou em pânico e na mobilização de forças de segurança após o abandono de uma bolsa contendo um objeto que simulava uma bomba. A ação, gravada por câmeras de segurança e posteriormente confessada pelo próprio, levanta discussões sobre as consequências legais de atos impulsivos.
Câmeras mostraram ele colocando a bolsa com o objeto falso. Dentro havia um tijolo embrulhado, um teclado e dois fios. Isso foi suficiente para gerar um alarme de segurança, levando à evacuação do aeroporto e à ação do Esquadrão Antibomba.
Enzo se apresentou à Polícia Federal na segunda-feira (18), admitiu o ato e pediu desculpas. A Justiça o prendeu preventivamente, considerando a gravidade e o risco. Acredita-se que ele fez isso para ganhar mais atenção e engajamento em suas redes sociais.
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O caso e suas implicações legais
Este caso serve como um aviso para situações parecidas. Usar um local de alta segurança e com muitas pessoas, como um aeroporto, pode piorar a acusação de crimes contra a segurança pública. Atos em outros locais movimentados, como shoppings ou eventos, podem ser tratados com a mesma ou maior seriedade.
Se for provado que o ato foi planejado para gerar repercussão na internet, isso pode ser um agravante, pois mostra que ele possivelmente explorou o medo das pessoas de propósito. O impacto social, como a interrupção de serviços, o pânico e os custos financeiros para as empresas afetadas, também serão importantes na decisão das penas.
Penalidades e consequências
As punições para essas ações podem variar. Inicialmente, o ato pode ser visto como uma contravenção penal (Art. 41 da Lei de Contravenções Penais), que prevê detenção ou multa para quem causa alarme ou pânico.
No entanto, a gravidade e as consequências do incidente podem levar a uma pena mais alta. O Código Penal também pode ser aplicado, como no Art. 265, que trata de atentados contra a segurança de serviços públicos, com penas de prisão de um a cinco anos. Se houver suspeita de terrorismo ou ligação com grupos extremistas, as penas podem ser bem maiores.
Atos semelhantes
Além das sanções criminais, futuros infratores que pensarem em cometer atos semelhantes podem esperar medidas como o bloqueio de contas em redes sociais e ações judiciais para cobrir danos morais e materiais. A prisão preventiva pode ser mantida se houver risco de o suspeito repetir o crime, fugir ou atrapalhar as investigações.
O caso de Enzo Master mostra que as autoridades vão tratar com rigor falsos alarmes e atos que causam pânico, especialmente quando a intenção é ganhar fama online. Quem cometer atos parecidos no futuro pode esperar um julgamento mais rigoroso, penas mais pesadas e problemas sérios na vida pessoal e profissional.
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